O “Hotel de la Paiva ” abriga um dos clubes mais elegantes de Paris, o “Travelers Club”. É literalmente um palácio, construido em 1856 em pleno Champs Elysées. O estilo da arquitetura é renascença italiano e o arquiteto foi Pierre Manguin.
O clube é muito “select”, as mulheres até outro dia nem eram bem vindas, mas atualmente podem almoçar e frequentar com muita discrição, pois a maioria do público é masculino e eles passam muitas tardes jogando gamão ou bridge, depois dos maravilhosos almoços gastronômicos, preparados por uma excelente chef mulher.
Atualmente existem também alguns quartos que foram totalmente reformados, com muito bom gosto, para hospedar somente os sócios do clube. Os preços são maravilhosos e o lugar, melhor impossível, em pleno centro de Paris numa das Avenidas mais lindas e charmosas do mundo!
O presidente do clube há alguns anos é meu querido padrasto, Gérard de Waldner, que vai me matar por eu fazer propaganda ou mesmo falar do clube numa mídia pois o lema principal é “DISCRIÇÃO”, mas tudo bem, pois tenho que contar histórias para nossos leitores sensacionais!!!!
Por isso resolvi retribuir a maior de todas as dádivas: o carinho de vocês, adorados leitores, que do Oiapoque ao Chuí ou mesmo de mais longe, nos acompanham diariamente, nesta divina jornada virtual que tenho o privilégio e a honra de dividir com minhas amigas de fé e “pro FOREVER”, AC e MP.
Porque nada compara-se à alegria de tê-los conosco, enchendo o nosso BLOG de uma energia maravilhosa, com seus elogios mais que generosos, seus apartes preciosos, nos ensinando uma enormidade e, sobretudo, ajudando-nos a seguir, sempre e melhores…
Para tanto, procurei um tesouro à vossa altura pelos quatro cantos do mundo e finalmente acheio-o, aqui mesmo na minha terra, mais precisamente na deslumbrante Angra dos Reis: a receita de uma das mais famosas e exclusivas “Paellas” que conheço, feita pelo amigo queridíssimo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, que junto com sua encantadora mulher Lu, são anfitriões imbatíveis…
Como todo grand seigneur, Boni é perfeccionista e só faz e fala com profundo conhecimento de causa: cultura e requinte, esta dupla inseparável. Assim, vê-lo em ação produzindo sua “Paella” foi pra mim uma aula magna de gastronomia, que repasso com a ressalva: não é propriamente uma receita e sim um esboço, a ser interpretado como quisermos ou pudermos.
Vou mostrar seu “passo a passo” em fotos tipo ensaio, pra ficar muito cool… Curtam!
PRIMEIRA ETAPA:
PARA RENDER 1 LITRO DE BRODO OU CALDO DE FRUTOS DO MAR
-Ponha numa panela alta uma cabeça de badejo, outra de garoupa, mais as cascas de 2 Kg de lagosta e 2Kg de camarão VG, tudo tinindo de tão fresco;
– Junte 2 molhos de coentro, 1 cebola inteira,1 aipo, 2 dentes de alho, sal a gosto, 2 L de água e coloque tudo pra cozinhar, em fogo brando, até reduzir o líquido pela metade.
SEGUNDA ETAPA:
INGREDIENTES:
-Use tantos quanto você conseguir dos seguintes ingredientes:
1 Kg de mexilhão na casca;
1 Kg de vongoli na casca;
1 Kg de navajas ou tâmaras do mar;
A PARTIR DAQUI, É OBRIGATÓRIO
2 Kg de camarão VG;
2 Kg de lagosta, cortadas na articulação, em forma de anéis, sem tirar a casca;
1 badejo cortado em cubos;
1 garoupa cortada em cubos;
1 Kg de coxinha de frango;
1 Kg de linguiça espanhola de chouriço;
2 latas de petit pois Borduelle;
4 tomates picados:
4 cebolas picadas
2 pimentões amarelos sem casca, cortados em tiras;
2 pimentões vermelhos sem casca, cortados em tiras;
1 L de azeite;
1 1/2 Kg de arroz;
Suco de 2 limões.
Reservar uns 12 camarões e as cascas de 2 lagostas grandes para decoração.
TERCEIRA ETAPA:
PREPARO:
Daqui pra frente, segue o “ensaio fotográfico”. Como veremos, a cozinha do chef Boni é cartesiana, isto é, racional e organizada. Com isso, ele minimiza o erro, maximiza a eficiência e nos ensina que o quatro bocas não aceita amadorismo.
Detalhes:
1- A qualidade dos ingredientes é fundamental;
2-Os ingredientes vão entrando de acordo com seus tempos de cozimento;
3- São exatamente 15 minutos entre da hora em que o arroz entra na paejeira até servir…
Agora, vamos ao que interessa… BN
Vocês já repararam nas bolsas que chegam e entram antes das donas?
Bolsas que “sentam”, bolsas que “estacionam” luxuosamente ao lado de suas iguais?
Pois é… Tem essa agora!
Bolsas, ontem, meros objetos que carregavam nossos pertences, e hoje, “símbolos de status”, que “chegam” com suas donas vindo atrás. Reparem nas fotos em sites e revistas.
Mas o ponto aqui é outro!
Há uns meses atrás, rolou um babado sobre uma bolsa falsa que uma carioca conhecida usava, comprada de uma paulista também conhecida, etc, vocês leram?
Pois bem, tem essa pessoa que vende todas as bolsas da Chanel, do Hermès, Vuitton, e sei lá mais o que, FALSAS!
E muitas dessas moças, “que as bolsas chegam antes delas nas fotos e nos lugares”, aderiram ao produto, que descobri não é paraguaio!
Passeando pela internet, achei por acaso a provável fonte de abastecimento da tal vendedora:
É uma riquezas de “réplicas” de deixar qualquer um pasmo, com detalhes como embalagem, proteção, e garantia incluídos, tudo igual aos originais, e os preços, pra lá de paraguaios!!!
Tem sapatos, jóias-Tiffany’s paraguaias, relógios…, só vendo!
Agry é das lojas mais antigas de Paris, existe desde 1825 e já está na sétima geração da mesma família. Fica localizada perto da Place Vendôme, num dos bairros mais nobres da cidade.
A especialidade desta tão requintada loja é a gravura heráldica, arte e estudo de brasões. E diversos brasões de família nobres do mundo inteiro já passaram por este endereço.
Tudo é feito de uma maneira quase artesanal. As “chevalières” são aqueles anéis de armas usados no dedo mindinho pelas famílias nobres, e que podem ser gravadas em ouro ou na própria pedra escolhida. O Principe Charles, por exemplo, não tira o dele de ouro do dedo.
As abotoaduras são também muito especiais, os desenho são feitos especialmente para cada cliente com armas ou monogramas de suas famílias; são muito chics!
Agry foi aumentando sua gama de produtos e hoje em dia existem várias novidades como botões para blaser, o que é muito usado para clubes ou times. Meu pai, por exemplo, tem os botões de seu blaser com o escudo de seu time de polo.
As porcelanas podem ser pintadas com as armas da família e as pratarias também são gravadas . Agry tem também todo um maravilhoso serviço de papelaria :papéis de carta, cartões personalizados, convites variados e também os mais elegantes convites de casamento.
Tem muita gente falando que tem brasão de nobreza por ai, para quem tiver dúvidas e quiser conferir é só mandar um e mail para lá!
E mail: maisonagry@freesbee.fr
14 rue Castiglione Tel: + 33 1 42606510
Paris 75001
MP
anel de brasão em ouro
Anel de escudo gravado em pedra
Principe Charles sempre usando sua “Chevalière “no dedo mindinho.