Vivendo e aprendendo sinhá, dizia Tia Nastácia pra Dona Benta, quando diante do inusitado… Aprendi, desde a infância, com estas sábias senhoras, o ditado que até hoje vivo evocando…
Pois foi o que exclamei quando vi a bandeja de adoçantes mais criativa, que acompanhava infusão e café no descolado restaurante cubano, “Ivan, El Chef Justo”. Anotei no caderninho pra contar pra vocês… BN
As bolsas de Katrin Langer tem como assinatura as molduras de madeira feitas seguindo a regra mais sofisticada de confecção de instrumentos musicais. Todas são assinadas e numeradas.
Com bordados preciosos, incrustações de pérolas, pedras, recortes em couro, cetim, madre pérola… difícil escolher qual a mais bonita bolsa de Katrin Langer!
As duas irmãs Nancy e Nadia Koch são franco-tailandesas, e cada uma escolheu estudar numa escola pelo mundo. Nadia foi estudar comercio em Bangkok, e Nancy entrou para uma escola de design. Depois de formadas resolveram se juntar, e criar uma incrível linha de bijuterias em porcelana, só de animais.
O pai já era dono da maior fabrica de miniaturas de porcelanas do mundo, em Toulouse, na França e líder mundial há quase 30 anos. E as duas tiveram a brilhante ideia de aproveitar as miniaturas, e criar esta linha que virou um sucesso total: a ” Nachbijoux ” onde cada peça é confeccionada à mão, com uma técnica própria familiar! Vejam que originalidade!
MP
Elas produzem todo tipo de animal: cavalos, panteras, leopardos, papagaios, pavões, coelhos, cachorros e transformam seu animal preferido num linda jóia, prática e divertida para o nosso dia à dia! Adorei e achei um super presente!
Misturam a porcelana com plumas, cordas bronze e até ouro, como na argola baixo!
Dei pulos de alegria quando a querida AC me contou, sábado passado, sobre a nova edição de um dos clássicos da historiografia carioca, o emblemático “História das Ruas do Rio”, de Brasil Gerson. Foi desligar o telefone e ventar pra livraria mais próxima, atrás de um exemplar pra ilustrar meu fim-de-semana, e também engrandescer minha biblioteca com o melhor da literatura do Rio e sobre ele.
Produzida e ilustrada com todo esmero, pela competente “Editora Bem-Te-Vi”, a sexta edição de “Histórias…” é um afago para nossa “Cidade Maravilhosa”, justo no ano em que completa seus 450 anos de existência: por suas páginas o autor tece a interessante história do Rio de Janeiro, contada através da criação de suas ruas, das pessoas que emprestaram seus nomes à elas, e dos episódios relevantes da saga brasileira que estas ruas foram palco já que, por séculos, o Rio foi capital do país.
Com um texto elegante, informações precisas e preciosas e fotos lindíssimas, Gerson cobre a feitura da cidade com maestria cronológica e um didatismo sutil, fundamental para que não nos percamos por entre suas ruas, becos, praças, avenidas…
Assim, recanto por recanto, a cidade vai sendo cantada e delineada pelo talento de sua pena. Além de descrever as transformações físicas e geográficas da vila que virou metrópole, com nuances encantadoras, o autor não esqueceu das mazelas da história carioca que aborda junto com hábitos dos anônimos que mudaram o destino daqui, compondo assim, em paralelo, uma bonita e emocionada crônica da nossa “evolução”.
Alexei Bueno, em sua maravilhosa introdução ao livro, nos conta que:
“Todas as cidades têm no tempo a sua mais espantosa dimensão. Invisível para quase todos os seus habitantes, no que transcenda o breve alcance de suas memórias pessoais, é como cegos para ela que a maioria dos homens as atravessam. Seus olhos, que se abrem para as três dimensões do espaço, vivem perenemente fechados para a quarta dimensão da sucessão infinita. Uma única coisa tem o condão de lhes abrir a vista para esta cidade invisível: a História”…
Falou e disse Alexei, e este livro inspirado cumpre plenamente esta missão… Por isso, batamos palmas pra nossa adorada e competente Vivi Nabuco: sua “Bem Te Vi” arrasa! BN