A ÓTIMA DO FINDE: FRANCISCO BRENNAND, o filme!

 

 

Estréia hoje, em circuito nacional, um documentário especialíssimo por seu conteúdo e continente e que eu recomendo, com louvor, como O PROGRAMA deste fim de semana: “Francisco Brennand”, o filme.

 

A linda e competente Mariana Brennand Fortes recebendo um dos dois prêmios que “Francisco Brennand” ganhou na Mostra Internacional de Cinema de SP: Melhor filme e melhor documentário!

 

Dirigido por minha “sobrinha” adorada e por quem tenho o maior orgulho, Mariana Brennand Fortes, o filme retrata a vida e a arte do seu tio avô, o ceramista Francisco Brennand, dos maiores artistas plásticos brasileiros.

 

O mestre Francisco Brennand

 

Recluso, há mais de trinta anos, em uma espécie de santuário à sua arte e que ele próprio construiu partindo de uma olaria herdada do pai, Brennand manteve conexão com o mundo através de um diário que escreve, desde então, sobre suas impressões do cotidiano. E é daí que parte o maravilhoso roteiro do lindo e delicado filme.

 

Visão aérea da Oficina Brennand!

Sábia, Mariana deixa o grande mestre contar o seu destino como quem compõe uma colagem, sobrepondo histórias, interrompendo-as aqui pra retomar ali, enquanto sua câmera ilustra a narrativa deslizando, suavemente, pelo habitat do artista, a emblemática Oficina Brennand, mostrando cada detalhe do muito que a compõe, deixando o espectador boquiaberto pela beleza de sua originalidade, vigor e mesmo estranheza.

 

Outro ângulo da Oficina: uma mistura de Brasil com Indonésia…

 

Close nas esculturas!

 

Lugar único, indefinível, que vai de espaço escultórico/arquitetônico a templo grego às margens do rio Capibaribe, a única certeza é que foi concebido pela mais pura e cristalina arte. No lugar de tijolos, entraram esculturas de cerâmicas de Francisco Brennand, as perfeitas e os refugos, para erguer sua paredes, muitas vezes destelhadas, copiando a verdadeira composição da vida, que corre no seu entorno.

 

Vejam que beleza…

 

A primeira vez que estive na Oficina Brennand foi com minha amada tia, Elizinha Gonçalves, no verão de 1974, e nunca mais esqueci. Do caminho estreito e tortuoso que nos levou até lá, à beleza da chegada com os jardins de Roberto Burle Marx fazendo as honras da casa, tudo era mágico e surpreendente. Mas nada se compara ao efeito que a imagem vigorosa e contundente daquele universo paralelo provocou no meu imaginarium, marcando-me para sempre.

 

 

 

Não vou a Pernambuco sem passar por este santuário da estética. Como nos religiosos, procuro também uma maneira de não deixar esmorecer a minha adoração. Aqui, pelo que de melhor o ser humano tem, sua capacidade infinita de produzir belezas em forma de arte, que enchem a alma da gente.

 

Estes bichos fantásticos alinhados me lembram os das igrejas góticas, como a Catedral de Notre Dame

 

Voltando ao filme da minha doce Mariana, ele vale e muito o seu ingresso! BN

 

Deslumbres…

 

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