GIVERNY E AUVERS-SUR-OISE: DOIS PASSEIOS LINDOS!

 

Esta dica é maravilhosa pra quem estiver passando por Paris, principalmente, com as crianças!

 

Vista aérea da cidade de Giverny!

 

Tenho um espírito muito didático e uma certa dificuldade para abstração, vícios adquiridos no colégio, decorrentes do método de ensino “montessoriano”, no qual fui educada. Assim, meu aprendizado implora por visualização e estendi este hábito às minhas filhas: sempre que pude mostrei, em vez de explicar!

 

Claude Monet em sua casa de Giverny!

 

Esta preleção é por conta do post da querida Vanda Klabin, sobre os painéis das ninféias, do Musée de L’Orangerie, que me lembrou uma viagem inesquecível que fiz, as meninas pequenas, pra Paris e arredores, que nos levou à Giverny, onde está o mundo mágico do pintor Claude Monet e a sua formulação do impressionismo. Difícil entende-lo, longe dali!

 

Mapa do percurso, saindo de Paris!

 

O passeio é adorável e fácil, pois o charmoso vilarejo, às margens do rio Sena, fica a 60 quilômetros a noroeste de Paris, e vai-se por uma estrada deliciosa, bordeada de lindos campos de girassóis ou de trigo, se for primavera e verão. Quem preferir, pode ir de trem, saindo da gare Saint-Lazare!

 

” A chegada de um trem, na gare de Saint-Lazare”, por Claude Monet!

 

E foi, justamente, da janela de um trem, que Monet se deparou com Giverny, pela primeira vez. Tombado de amor instantâneo pelo lugar, o pintor comprou sua famosa casa e a enfeitou contruindo os célebres jardins e o lago, onde pontificam, até hoje, as ninféias super stars: criou o cenário perfeito que, associado à  surpreendente luminosidade local, preencheu seus melhores quadros e o inspirou até morrer. São suas as palavras: “fiz para os olhos e para a pintura”!

 

O jardim, visto por seu autor!

 

O ideal é sair de Paris cedo, tipo 9, pra viagem ter a calma e nonchalance necessárias. Chegando à Giverny, vá direto conhecer os domínios dos Monet, pra sua missão ficar muito bem cumprida, pois quanto mais tarde, mais lotado.

Além dos jardins, logicamente, casa também é um must e está perfeitamente restaurada pelas mãos do craque, Gerard Van der Kamp, o mesmo que se ocupou do palácio de Versailles. A coleção de gravuras japonesas e a cozinha são o ponto alto do tour.

Na saída, há uma lojinha de souvenirs que é uma graça, instalada numa estufa, se não me falha a memória. Não deixe de levar pra casa o encantador livro “Linéia, no Jardim de Monet”!

 

Este livro é uma verdadeira paixão e sempre tem uma linda criança, na família, para curti-lo!

 

Acabada a visita, chez Monet, e se você cumpriu o horário direitinho, deve ser perto do meio dia. Uma boa pedida, para abrir o apetite, é alugar uma bicicleta e dar um rolé pelas redondezas. A cidadezinha medieval tem toda uma atmosfera e deve ser vista!

 

Bicicletas é a melhor maneira de conhecer a charmosa cidade!

 

As duas vezes que estive em Giverny era verão, eu estava com crianças e os dias eram ensolarados. Por isto, em ambas, escolhi almoçar ao ar livre e sob os ombrelones de um charmoso restaurantezinho, colado no interessante  “Musée d’Art Américan de Giverny”, que guarda uma coleção de quadros dos artistas impressionistas americanos, que por lá estiveram. Não deixe de visita-lo, também!

 

Fachada do lindo Museu Americano de Giverny!

 

Pensou que acabamos por aqui? Que nada, em euros não podemos desperdiçar tempo! Então, anime-se pra no seu caminho de volta, desviar pra Auvers-sur-Oise, uma cidade a 27 quilometros do noroeste de Paris, onde o grande Van Gogh passou seus últimos dias, pois aí morava seu amado médico, Dr Gachet.

 

Gachet, imortalizado pelo seu ilustre cliente, Vicent!

 

É muito bacana ir passeando pelo vilarejo e vendo os recantos locais, ao lado das reproduções dos quadros que os retratam, by Van Gogh!

 

Como esta ruela!

 

O prédio da prefeitura… 

 

… Ou a Igreja de Notre Dame d’Auvers!

 

Depois de dar uma passeada, vá ao Auberge Ravoux conhecer o singelo sótão onde o pintor holandes morou, nos seus últimos dias: é muito emocinante (este quarto é mágico pois outros gênios da pintura também se hospedaram aí!).
Na saída obrigatória, por uma escada nos fundos da hospedaria, tem um quintal. Nele descansam, finalmente e juntos, os irmãos Vicente e Theo: impossível segurar as lágrimas.

 

Os irmãos Van Gogh: juntos, forever!

 

Chegamos de volta à Paris mortos de cansados e com o coração repleto: foi um dia inesquecível! BN

CURTAM O JARDIM DE MONET!

 

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