TURQUIA, VERBO INTRANSITIVO PARTE 2: AL MARE…

Turquia intransitiva!

Começo meu passeio, pela lindíssima Turquia, contando sobre o cruzeiro que fiz, durante sete dias, saindo de Atenas e rumado para a deslumbrante costa oeste turca: dizem que, na etimologia da palavra turquesa, entra o tom azul das águas do mar que banha o país, em analogia à cor da pedra, sentiram o drama da beleza?

Num barco destes é que fomos desbravar os mares turcos!

Aqui, faço um parêntesis para contar sobre uma sensacional cadeia de pequenos navios para turismo, de nome SILVERSEA. Funcionam como um hotel 6 estrelas flutuante, aonde você escolhe o roteiro, embarca, desfaz as malas e pronto. Daí pra frente é com eles… Durante x dias, passeará por mares nunca dante navegados, na maior elegância e conforto, com zero de esforço ou estresse. Cada dia um novo e sensacional porto, com toda e qualquer programação que o lugar oferece, previamente organizada: só temos que escolher a que nos interessa!

A beleza de Santorini, que é toda branca com detalhes em azul anil, da cor do mar que banha a ilha/cidade!

Saímos da Grécia, no fim de uma tarde deslumbrante, em direção à Santorini, última parada grega, antes de atingirmos a costa da Turquia. Passamos o dia seguinte nos deleitando, neste charme de lugar.

O casamento da passageira foi como o de “Mamma Mia”!

Outra pausa, agora super romântica, pra contar um conto de fadas da vida real: um criativo pai australiano reservou 90% das cabines, deste nosso cruzeiro, para os convidados do casamento de sua filha que foi, justamente, numa lindinha capela em Santorini, à la “Mamma Mia”. À noite, fizeram um festão no navio, todo engalanado para a ocasião e, quem estivesse a bordo, era convidado: o máximo!

Agora, os portos turcos e seus highlight.

KUSADASI:
Por trás deste porto, banhado pelo deslumbrante mar Egeu, esconde-se duas das maiores pérolas do tesouro histórico do país: as ruínas de Éfesos e a casa de Nossa Senhora.

Fachada da deslumbrante biblioteca de Celso, na cidade de Éfesos!

A cidade grega de Éfesos, construída por volta do ano1000 AC, imponente e bastante preservada, guardou toda pompa e circunstância que um membro da Magna Grécia evoca. Senti uma forte emoção ao descer, por sua via central, que é de tirar o fôlego e bati no peito, arrependida, da preguiça adolescente que me fez saber muito menos que deveria, por estudá-la displicentemente nos meus livros de história.

– Ainda existe um enorme grupo de arqueólogos trabalhando no sítio arqueológico de Éfesos e é possível visitar as escavações, se você pré agendar.

Vejam como é espetacular o teatro de Éfesos. Pelo tamanho das pessoas podemos calcular o resto…Noves fora que sua acústica é considerada perfeita!

À noite, com uma lua cheia de doer, o navio ofereceu um espetáculo de música clássica, nas ruínas do anfiteatro de Éfesos, só para seus hóspedes: o teatro e a cidade, vazios e à nossa disposição, mais aquela lua, parecia um sonho…

A singela Igreja de São João, um dos marcos da presença do santo no lugar onde ele e Nossa Senhora moraram. Fica em Éfesos ou Selçuk, como preferirem…

Como nos conta as sagradas escrituras, Jesus pediu a São João Evangelista pra cuidar de sua mãe. Por isso, ele a teria trazido pra a tranquila Meryemana, ao lado de Éfesos, no ano 37 DC, onde Nossa Senhora viveu seus últimos anos, numa casinha de pedra.

Impossível segurar a emoção, ao fazer esta visita…

Detalhe besta, mas inesquecível: na saída, comprei uma caixa de figos, de um vendedor ambulante, e nunca mais comerei uns mais deliciosos… Acho que foram mandados, de presente, por nossa Santa Mãe!

MARMARIS:

Visual de Marmaris!

Considerado o porto mais sofisticado da Turquia, Marmaris é, geograficamente, uma espécie de mini Angra dos Reis. Fizemos um bonito passeio, de barco, por suas baías e ilhotas.

Os sarcófagos esculpidos em uma falésia: impressionante!

Há também, nas cercanias da cidade de Fethiye, perto de Marmaris, um cemitério sui generis, escavado nas rochas de uma falésia, os sarcófagos de Lycian, muito impressionante.

ANTÁLIA:

As montanhas e o mar do porto de Antália!

Outro ponto alto da costa turca, o porto de Antália, é badaladérrimo e tem, como atração natural, a montanha e o mar, bordeado por praias lindas. Delícia pra passar o dia.

Perto daí, há dois passeios culturais super bacanas.

O anfiteatro que Alexandre, o grande, não conseguiu conquistar, por sua localização: em Termesso!

As ruínas da cidade de Termesso, no alto de uma colina: tão bem localizada que Alexandre, o grande, declinou de conquistá-la. Delícia de passeio, mas tem que estar preparado pra subir a pé, de baixo do sol!

Os impressionantes arcos romanos de Perge: primeiro pit stop do passeio…

A outra atração é a sensacional ruína de Perge, cidade que foi referência por sua modernidade e que entre tantas curiosidades, já tinha uma espécie de shopping center, em pleno século I. Fui, também, e amei!

Um pouco do muito que existiu em Perge!

IZMIR:

As ruínas da linda Pérgamo, vistas do topo de seu teatro!

Este porto guarda uma cidade que dizem ser bacana, mas não o conheci. Passei batida, já que leva, também, à uma das mais importantes atrações arqueológicas da Turquia. É a moderna cidade de Bérgama, que pousa aos pés da acrópole da famosa Pérgamo, cidade grega do século II AC, cujas ruínas são interessantíssimas e guardam uma atração à parte: daí saiu o famoso altar do Museu de Pergamon, em Berlim.

Esta era a residência inicial e oficial do altar de Pérgamo
… Esta é sua suntuosa residência atual, no Museu de Pergamon, em Berlim!

– BODRUM:
Termino com a cidade mais badalada da costa turca, Bodrum, um belo passeio pra quem quer divertir-se, cheia de recantos lindos, barzinhos, retaurantes e hotéis charmosos.

Eis Bodrum!

Foi também a antiga cidade dórica de Halicarnasso, poderosa nos tempos gregos e famosa por acolher uma das sete maravilhas do mundo antigo: o Mausoléu de Halicarnasso. Portanto, neste lugar encantador, cultura e laser convivem lado a lado.

O Mausoléu de Halicarnassos, por aproximação.

No mais, só o grande barato que foi chegar em Istambul nevegando: acordei às cinco da manhã pra presenciar este espetáculo, da proa do navio.

Na foto de satélite, close up na sequência: estreito de Dardanelos, mar de Marmara e Bósforo – dos grandes mistérios da minha infância colegial!

Navegando pelo mar Egeu, entramos pelo estreito de Dardanelos, para chegarmos ao mar de Mármara: primeira emoção geográfica do percurso.

Presente de grego, causador de uma guerra, o cavalo de Troia aconteceu em Dardanelos…

Bem perto daí, foi travada a guerra mais romântica da história e passando pelas cercanias, entendi um pouquinho do fascínio de meu Mestre, Junito Brandão, por Helena de Tróia. Certo está Manuel Carlos de fazer dela, todas as suas heroínas.

Visão aérea do Bósforo: o mar debaixo é o Marmara e o de cima mar Negro! Capice?

Passado o estreito, a via marítima alarga-se, com a chegada ao mar de Marmara, pra estreitar-se, de novo, diante dele, o estreito do Bósforo, o grande guardião natural do umbigo do mundo: Istambul, a cidade mais cosmopolita, por onde todos passaram, passam e passarão, onde viveu-se o conceito de metrópolis, antes mesmo da palavra existir.

Istambul!

Pensei, diante da inesquecível visão da antiga Constantinopla, majestosa e exibindo-se, sem pudor, diante de todos os forasteiros que chegam: só ela ficará para sempre, suntuosa e serena, languidamente pousada, juntando e separando dois mundos. BN

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