Minha queridíssima Lúcia Moura, amiga de fé das TM e, por tabela, minha também, é chique até não poder mais, sabe muito das coisas e o que indica e faz é pra ser anotado e copiado: 100% de acerto!
Pois foi o que fiz com este restaurante italiano que ela me levou em Londres, onde mora, e que passei a indicar porque é divino, casual e fora do circuito da moda gastrô, portanto, clientela local. Chama-se Lucio e está instalado numa simpática casa em Chelsea.
Dividido em dois pequenos salões, com um bar ao fundo do primeiro, o cardápio é italiano normal, sem grandes “pirotecnías”. Comi um tagliolini com vongole maravilhoso, a carta de vinhos é bem variada e prima pelo custo/benefício e as sobremesas… Ah, pense nelas antes de encomendar, são especiais! Como todo o resto BN
Sempre cercada de bouquets de flores maravilhosos, sejam eles naturais ou feitos pelas mãos do genio VLADIMIR KANEVSKY, Carolyne Roehm mora em NY num duplex super europeu no quesito décor.
Minha querida amiga e comadre, a chiquérrima Martha Castilho, antenadíssíma nas artes, esteve em New York e foi convidada pelo Museu Guggenheim e por Jerry Gorovoy, assistente de Louise de Bourgeois, para fazer uma visita a Easton Foundation, que vem a ser o ateliê de Louise. Durante anos este ateliê ficou fechado e agora está reabrindo para o público. Martha adorou e fotografou tudo para mostrar no nosso blog.
Louise foi uma grande artista, era pintora, escultora, desenhista e gravadora, nasceu em Paris em 1911 e morreu em New York em 2010 com 99 anos. Sua obra Maman, uma gigantescaaranha, foi um marco na história da arte moderna. Grande fonte de inspiração foram os artistas Alberto Giacometti e Constantin Brancusi.
“De forma a expressar as insustentáveis tensões familiares, eu tinha de expressar a minha ansiedade em formas que eu pudesse modificar, destruir, e reconstruir”dizia Louise.
Ela usa as suas histórias pessoais no seu trabalho, e foi uma das criadoras mais imaginativas na área da arte contemporânea, trouxe para a arte conceitos feministas e psicológicos, antes de estes fazerem parte da cultura popular.
Aqui estão as fotos de seu ateliê tiradas por Martha Castilho.
Passei uns dias em Nova York, lindos por sinal, justo numa trégua abençoada ao frio que assolou a cidade neste inverno, acompanhada das minhas TM, o que significa “pernas pra que te quero”…
Andamos a “Big Apple” de cabo a rabo e o que tinha pra ver (nada inesquecível pois estavam numa entre safra de eventos culturais) contou com nossa presença e curiosidade: Três exposições, sendo uma “trienal” (nem sabia da existência do termo), alguns restaurantes novos (vou postar um japonês mara), a peça “The Audience” (com a magistral Helen Mirren, esta imperdível) e… Um filme!
Como era domingo, só mulheres, fizemos uma programação à nossa imagem e semelhança, “brunch downtown” e cineminha, com minhas filhas mais Mariana Veiga e Cleucizinha Oliveira, duas “sobrinhas” que amo, moradoras da cidade, e uma unanimidade: a escolha do filme…
“Vamos ver a nova versão da Disney de Cinderella”, bradaram uníssonas! Eu, confusa com a escolha, segui a multidão e ainda bem: O filme é magia pura e encanta a todos os que acreditam que a vida pode ser surpreendente…
Dirigido pelo inglês Kenneth Branagh e com elenco acertadíssimo, o roteiro segue a estória original da Gata Borralheira de 1697, by Charles Perrault, tem locações deslumbrantes e vestidos lindos, que agradam aos “fashionistas” mais exigentes.
Desenhado pela “tri-oscarizada” Sandy Powell, o figurino é surpreendente e mistura a estética dos contos de fadas com o estilo dos anos 40 e muito talento pra fazer esta química funcionar. O resultado enche os olhos do espectador tanto quanto reforça a trama e a personalidade das personagens.
Assim, o vestido do baile de Cinderella, além da beleza, o modo como foi concebido ajuda na sensação de “dançando nas nuvens”, no famoso “pas de deux” com o príncipe, sem precisar recorrer aos efeitos especiais.
Feito com mais de 240 metros de tecido, 10 mil cristais Swarovski, mais de 5 Km de costuras e nove cópias (“just in case”), a grande sacada fica por conta das 8 camadas de anáguas de tecido muito fino, em tons variados de azul, verde e roxo: “Por isso, quando ela se movimenta, as camadas se movem de uma forma semelhante a da água”, explica a maravilhosa Sandy!
E o que são as roupas da maravilhosa madrasta, encarnada magistralmente pela diva Cate Blanchette? Equilíbrio perfeito entre glamour e maldade, conseguem a proeza de extrair sentimentos dos looks, se é que isto é possível!
E, na sequência, Anastásia e Drizella, as filhas malas da malvada, nem precisaram ser horrendas ( Vividas pelas charmosas Holliday Grainger e Sophie McShera, respectivamente). Sempre vestidas idênticas, mas em cores diferentes, como personagens de filme de animação, o ridículo imposto pelas hilárias indumentárias encarrega-se do estrago visual, sem recorrer à feiura física. Genial!
E chegou a vez dela, o sonho de consumo número um de qualquer mulher sincera e racional deste planeta, ou você nunca imaginou-se tendo uma fada madrinha, quando o bicho pega?! A do filme, vivida por Helen Bonham Carter, é muito divertida e vaidosa. Como a afilhada, também ganha vestido novo pro baile, pode?! Sorry, mas pra descreve-lo, preciso de ordem de grandeza: Foram usados 120 m de tecido, 400 lâmpadas LED e milhares de cristais Swarovski, que dão um efeito pop ao modelito estratosférico que, medido de frente, tem metro e meio de pura “cintilância”!
Refeita do susto e de volta às ruas reparei, finalmente, que muitas vitrines reverenciavam o filme e que era o “fashion talk of the town”. Basta dizer que onze grandes “designers” de sapato, a pedido da Disney, criaram uma releitura do sapatinho mais famoso ever: O de cristal e da Cinderella, “bien sûre”.
Portanto, se quiserem deliciar-se com estória da carochinha, atores bárbaros, roupas lindas e locações encantadoras se organize pois quinta, dia 26 de março, será o lançamento do filme no Brasil…
Com o lema “Seja corajosa e tenha um bom coração”, Cinderella é escapismo da melhor qualidade! BN