25 de março de 2012

UMA COMIDA… UM VINHO 2: POR RONALDO VILELA!

A simpatia de Ronaldo!
BLOG recebe hoje, com a maior alegria, a ilustre visita do querido amigo Ronaldo Vilela, empresário de mãos cheias da área de seguros e, nas horas vagas, grande gourmet, sommelier e gourmand, porque ninguém é de ferro.
Ele, que já contribuiu com um post maravilhoso, cantando uma bela uma receita harmonizada, repete o feito hoje, em grande estilo porém mais aprofundado: hoje vem com receita. Presentinho dominical… BN
UMA COMIDA… UM VINHO – 2
Na minha primeira contribuição ao blog, tratei de comida e vinho e farei isto de novo. Só que daquela vez falei da harmonização de dois pratos (magret de canard à l’orange e um filé de suíno) com vinho, sem dar as receitas.
Agora não! O que temos hoje é um prato do restaurante “Confraria do Sabor” (meu preferido), em Campos do Jordão. Cabe, entretanto, um esclarecimento. Não pedi ao dono do restaurante e simpático chef Fernando Couto a receita. A que está aqui é uma “interpretação” de minha mulher, Nizia Vilela. Ressalvo, portanto, Fernando, que certamente o resultado das preparações que forem feitas com base na que ora ofereço – e também em homenagem ao Confraria do Sabor – não guardarão fielmente identidade e características do prato que é servido em seu restaurante. Considere seus “direitos autorais” , portanto, preservados!
A linda trufa recheada e pronta para servir!
Truta empanada recheada com queijo de cabra
(para 4 pessoas)
INGREDIENTES:

  • 4 trutas ao natural (sem serem defumadas) – prefira tamanho menor
  • 120 g de queijo de cabra cremoso
  • 2 colheres (sopa) salsinha e cebolinha picadinhas
  • 1 colher (sopa) bem cheia de requeijão (mole)
  • 150 g de pistache (ou noz-macadâmia)
  • 150 g de amêndoa
  • 150 g de farinha de rosca
  • Sal, pimenta do reino, alho, farinha de trigo, óleo de canola (ou milho ou girassol) e limão
  • 50 g de creme de leite
  • 2 ovos batidos juntos

PREPARO:
Retire com cuidado a pele das trutas (já separadas em dois filés e sem espinhas) e reserve.
Tempere os dois filés inteiros de cada truta com gotas de limão (pouco), sal, pimenta do reino e um pouco de alho.
Em seguida, triture grosseiramente o pistache (ou a noz-macadâmia)  e misture à farinha de rosca. Reserve.
Com as duas metades (filés) da truta unidas, polvilhe farinha de trigo, passe no ovo batido e em seguida na mistura da farinha de rosca e pistache (ou noz-macadâmia), comprimindo bem para a mistura aderir à truta.
Frite (as duas metades unidas) em óleo bem quente e rapidamente. Reserve.
Misture o queijo de cabra com o requeijão e as ervas. Com cuidado, abra as duas metades e recheie a truta com a mistura (pelo menos um dedo de altura). Rejunte as duas metades (recompondo a truta) e coloque a truta remontada delicadamente numa assadeira e leve ao forno quente para que derreta um pouco o recheio.
Retire da assadeira os resíduos do queijo e misture o creme de leite fazendo um caldo cremoso. Reserve.
ACOMPANHAMENTO:
Purê de batata baroa ou inglesa.
MONTAGEM:
Coloque uma quantidade individual do purê no centro de cada prato e sobre ele a truta. Rodeie com o caldo-creme da assadeira (resíduos do queijo + creme de leite). Polvilhe cada truta e o caldo-creme à volta dela com lascas de amêndoas torradas.
Opcional:
Com a pele inteira de cada filé da truta faça um torresmo à pururuca, fritando em óleo bem quente (fica bem sequinho). Espete no purê um torresmo em cada prato. Sirva.

Antes de sugerir os vinhos, devo fazer alguns comentários.

Sem dúvida, esta preparação é um pouco mais trabalhosa, mas o resultado é compensador!
Um dos seus poucos segredos é com relação ao recheio porque ele deve ter certa altura (digamos, de um dedo), consistência mais firme, mas ao mesmo tempo permitir que escorra algum excesso quando a truta for levada ao forno. Com esse excesso e a adição do creme de leite será feito o molho – o menos espesso possível.
Outro aspecto é quanto ao queijo de cabra, que deve ser um pouco cremoso, embora o requeijão entre exatamente para garantir essa cremosidade.
Pistache ou noz-macadâmia? Trata-se de uma opção porque às vezes não se encontra o pistache. No Confraria do Sabor é com pistache.
O acompanhamento é com purê de batata baroa ou inglesa. O primeiro torna o prato mais “forte” e um pouco adocicado. Na receita da foto, é com a batata inglesa.
Sobre o torresmo feito com a pele da truta: digo que é opcional porque algumas pessoas sentem relutância em apreciá-lo, devido à sua aparência escura. Mas se for conseguido um bom resultado, pode-se comê-lo com a mão e o gosto é interessante.
Bem, culinária é uma arte e cada prato é uma “sentença”! De uma maneira ou de outra, essa truta será sempre saborosa e, digamos, diferente do que se está acostumado a ver em outras receitas.

VINHOS: vamos a eles!
Sugiro uma harmonização com o vinho branco Sauvignon Blanc francês Sancerre ou Pouilly-Fumé (Loire) ou os brancos de Bordeaux (Entre-Deux-Mers, Graves, Pessag-Leognan). Prefira esses brancos de Bordeaux se optar pelo acompanhamento do purê de batata baroa, com seu toque ligeiramente adocicado. Esses Bordeaux tem em sua composição a uva Semillon (uma das uvas do Sauternes), que transfere ao vinho uma sutil característica que facilitará a harmonização com o purê da batata baroa.
Há outros Sauvignon Blanc interessantes – Chile (Vale de Casablanca), Nova Zelândia (Marlborough). Estes vinhos, entretanto, principalmente os da Nova Zelândia, tendem a apresentar exuberância típica dos vinhos do Novo Mundo, que, às vezes, sobrepujam o prato”. RONALDO VILELA!

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Plantas Brasileiras – a ilustração botânica de Dulce Nascimento

Dulce Nascimento, ilustradora botânica e paisagista lança nesta terça, dia 27 de março na Livraria da Travessa em Ipanema, seu primeiro e maravilhoso livro, “PLANTAS BRASILEIRAS”, com suas magníficas ilustrações.

Dulce fez curso de especialização com a ilustradora Christabel King em Kew Gardens, Londres, com bolsa da Margaret Mee Amazon Trust e Fundação Botânica Margaret Mee. De volta ao Brasil acompanhou diversas expedições botânicas pelos vários ecossistemas para desenhar e pintar as espécies vegetais em seu habitat, e assim morou alguns anos na Amazonia, festa viva para os olhos de quem desenha e tem mãos de pluma, como Dulce, pela delicadeza que vemos em seu magnífico trabalho.

Os Palácios de Buckingham, Real de Madrid e Palácio Real de Oslo possuem trabalhos seus, presentes do governo brasileiro aos chefes de Estado desses países. Há 22 anos no mercado, Dulce já chegou a descobrir novas espécies em seu trabalho de campo e foi premiada em diversos salões de pintura.

Referência em sua área, Dulce faz conferências em congressos e ainda consegue tempo para dar cursos. Sorte de seus alunos, que muito poderão aprender com tanto talento!

AC

 

 

 

 

 

 www.dulcenascimento.com.br
 AC

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ENTREVISTA COM O GRANDE ADVOGADO DE FAMÍLIA SERGIO CALMON

Sergio Calmon é um dos grandes advogados de direito de família no Brasil. Sua agenda é lotada de segunda a sexta e é muito dificil conseguir uma hora com ele.

Advogou no divórcio de Eike Batista, de Caetano Veloso, de Felipe Camargo (ex-Vera Fischer) e vários outros que  não foram publicamente falados.

Sergio Calmon nos concedeu uma entrevista super exclusiva:

MP: A que você atribui o seu sucesso?

Antes de mais nada é importante saber que o sucesso de hoje não garante o sucesso amanhã. Por isso sempre pautei minha profissão com muita seriedade, ética, sensibilidade e respeito ao sentimento do cliente, que, naturalmente, vive um momento de muita turbulência emocional. Costumo dizer que não sou advogado. Sou advogado de Família. É diferente! Procuro unir a letra fria do Direito com o sentimento que envolve as relações humanas, sem jamais perder o bom senso.

MP: Como é sua rotina de trabalho?

Costumo chegar ao escritório às 9 hs da manhã e só saio depois das 22 hs.

MP: Os casamentos estão se multiplicando e as igrejas estão lotadas, qual a proporção de divórcio? E a que você atribui esta porcentagem alta?

Não tenho estatística sobre isso. Mas as igrejas estão lotadas porque as pessoas querem ser felizes, querem encontrar um amor, constituir uma família. Novas formas de relacionamento se formam no mundo moderno, mas todos têm o mesmo pano de fundo: o desejo de ser feliz, de constituir uma família. Isso é muito bonito. A alta porcentagem de divórcio talvez ocorra pela falta de maturidade dos relacionamentos de hoje em dia.

MP: Qual a proporção de divorcios consensuais ou litigiosos?

Bem aqui em meu escritório eu diria que 80/85% dos divórcios que faço são consensuais. Pelo menos, essa é a orientação que dou aos meus clientes. O consenso é sempre o melhor caminho. Mas, as vezes, para obtê-lo é necessário o litígio.

MP: O que um advogado pode fazer para blindar os filhos de um casal que está se separando?

Na verdade é o casal que pode fazer, e muito, para blindar seus filhos. Em primeiro lugar, saber separar a figura do marido/mulher da de pai/mãe. Quando o casal se ama não diz para o filho no café da manhã que eles tiveram uma noite de amor. Por que então dizer para esse filho que o pai, ou a mãe, são “ruins” porque estão se separando. Por que despejar nos filhos as frustrações do fim do relacionamento conjugal. Quem se separa é marido e mulher. Pai e mãe, são para sempre!

MP: Quanto tempo pode durar uma briga?

Pode durar muitos e muitos anos. O casal pode se relacionar pelo amor ou pela briga. Afinal de contas, com o litígio o casal continua ligado um no outro, só que, infelizmente, neste caso, pela briga, pela discórdia. O litígio mantém o “paciente no CTI”. O consenso “sepulta” a relação, põe fim ao casamento… . As vezes o casal não consegue “sepultar” esse relacionamento e se mantém vivo, no CTI, pelo litígio.

MP: Qual a melhor opção na hora do divorcio? Guerra ou paz? Por que?

Paz!, sempre. Já basta a dor que aquele casal está vivendo. Divórcio é um luto. Falece aquele sentimento, aquele desejo de ser eterna aquela união. Quando tem filho então, a sensação de que acabou aquela família constituída é muito doloroso. O advogado tem que saber disso e ter o máximo de respeito, cuidado e bom senso nesse momento.

MP: Qual seu hobby?

Jogar golfe e viajar, de preferência com minha família. Se bem que hoje em dia, com os mais velhos (Guilherme, 24, já formado e trabalha comigo, e Fernanda, 22, que faz psicologia na PUC) já está mais difícil, pois eles já têm suas vidas, suas namoradas e namorados, enfim… . É natural e salutar. Nos resta nossa caçula, Mariana, de 9 anos. É nossa “chaveirinha”. Para onde eu e minha mulher vamos, quase sempre, levamos ela.

MP: Sua cidade?

Rio de Janeiro. Amo essa cidade acima de tudo.

MP: Seu livro de cabeceira?

Não tenho livro cabeceira. Leio de tudo, até mesmo pela minha profissão.

Parabéns Sergio, suas respostas demonstram sua grandeza e experiência, e afirmam cada vez mais seu talento para esta profissão.

MP

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