No fim-de-semana é de lei pegar um cineminha, pelo menos aqui em casa. E sempre paira sobre nós a dúvida do que ver, pois o tempo é curto e as ofertas muitas… Se você estiver no mesmo barco, tenho duas boas sugestões pra distrair o seu domingo. Mas compre logo as entradas, pois ambos os filmes estão com casa cheia.
Pensei em indicar esta dupla, pois de alguma forma suas histórias se cruzam e são prato cheio para nós mulheres, que amamos o tema “discutir a relação”: falam de dois casamentos à beira do abismo que são reinventados por seus protagonistas…
Meninos, não fiquem arredios, pois vocês também vão se reconhecer na “telona”.
O primeiro é o francês “A Vida De Outra Mulher”, que fui ver animada por sua procedência francesa e pela protagonista que amo, Juliette Binoche, já que as críticas não eram efusivas.
Ao chegar no cinema, encontro outro muso, Edney Silvestre, que também estava lá atrás de Juliette: a Elizabeth Taylor francesa, segundo ele, igualmente linda, talentosa e malancólica. Adorei sua definição, já adotei.
O filme é uma boa surpresa, sustentado por diálogos maravilhosos e uma trama em que a personagem central e platéia, cúmplices graças ao carisma de Binoche, vão viver juntos uma história de amor que já terminou.
Só a vista do apartamento do casal, já vale o seu ingresso!
Já em “Um Divã Para Dois”, o desencontro é de um casal americano típico, destes que você nunca espera viver uma história tão fora do aparente contexto dos dois.
Assolados pelo tédio de um casamento, que se arrasta há 31 anos e a consequente crise sexual típica dos casais de meia idade, ou não, Kay e Arnold, vividos divinamente por Meryl Streep e Tommy Lee Jones, decidem atravessar meio país para discutirem sua infeliz convivência com um renomado psicanalista, especializado em casamentos falidos.
Fazendo graça, com muita graça e no tom perfeito, o filme desvenda um assunto delicado com a clareza e sutileza necessárias para evitar a superficialidade.
Termino com capítulo à parte Meryl Streep, que do alto de seus 63 anos de talento pra dar e vender e o lindo rosto mostrando que o tempo não para, põe por terra a teoria de que só há bons papéis para as mocinhas: da “Dama de Ferro” Margaret Thatcher à Kay Soames, ela é sempre um show! Vale sempre o seu ingresso! BN
Convidei Aristóteles Drumond, grande jornalista e escritor, para falar sobre moda masculina. Ele dá as melhores dicas para os nossos homens ficarem ELEGANTÉRRIMOS e muito chics; Aristóteles tem cada endereço maravilhoso no Brasil, em Paris e Portugal. MP
ORFANDADE MASCULINA
Ao mesmo tempo em que a moda feminina se expande, em todo o mundo, num suceder de novidades, de oferta para tudo quanto é gosto, os homens estão ficando esquecidos e relegados ao recurso de remanescentes de profissões que já foram tão nobres como
alfaiates e camiseiros, encontrando grande dificuldade na escolha de
tecidos no comércio, exceto em Londres .
No Rio, como alfaiate o veterano Alberto Marques, que conheci na mocidade auxiliar do pai Ernesto, no mesmo endereço da Rua da Quitanda, sob o nome de Ernesto&Alberto. Reina absoluto.
A Camiseira Raimunda, um andar acima do Alberto e a Casa Alberto, mas, com a
devida licença, longe do saudoso Waldemar, no mesmo edifício, em Copacabana, do De Cicco, que com o Ernesto e o Otelo dividiam a melhor da alfaiataria do Rio. Otelo ficou rico e De Cicco não ficou por causa de seu amor as cartas , que não costumam corresponder a seus admiradores .
Mas o mais grave é a orfandade internacional, com a ditadura das roupas de grifes. O SULKA , templo da elegância e bom gosto masculino, com lojas em Ny -Park Avenue- Paris – Place Vendome – Londres- New Bond Street e Miami – Bal Harbour – fechou as
portas e não deixou sucessão. Em Paris se pode encontrar pijamas, meias, lenços, cashemeres, sem identificação, na Old England, na Rue Scribe.
Os mais moderninhos ainda encontram alguma coisa no Barney’s. As lojas
de tecidos acabaram. Mesmo em Paris, onde a Dormeuill mantem um
ponto na François Premier de seus produtos. Mas loja com oferta diversificada, ficou mais fácil, por enquanto, nas duas ou três que sobrevivem na Rua Augusta, em SP, como a Firenze, mas a preços assustadores. Varias marcas com belas ofertas de camisas sociais sem logomarca, poderiam oferecer tecidos .E não o fazem.
Diria que hoje loja de classe, com bons alfaiates e camiseiros, cintos, sapatos multimarcas de qualidade, meias de cano longo cashemere é em Lisboa – e no Porto- o Rosa e Teixeira, na av. da Liberdade, bem em frente ao Hotel Tivoli. Ali o competente Castro
recebe a todos , auxiliado por uma equipe jovem e atenciosa, o que existe de melhor na Península. Tem clientes de Madrid e muitos do Rio e São Paulo. Realista, tem uma parte da loja recentemente ampliada, para grifes de prestigio. Na minha modesta opinião é a número Um no mundo hoje.
O Rio já teve a Torre Eifel- onde fiz meu primeiro blazer- a Soares e Maia e a Cadete na Gonçalves Dias, a Casa Garcia na Buenos Aires e a Elle et Lui, quando trabalhava com
importados… O pessoal mais jovem, anos 60 e 70, a Maison 43 marcou época na Farme de Amoedo.
Com os grandes magazines tipo Corte Inglês, Sacks, Harrods , os sapatos ganharam bons espaços para escolhas, sendo que a única exclusiva, e talvez por isso a melhor, é o John Lobb , com lojas em NY, na Madison, François Premier em Paris, Nunez de Balboa, em Madrid e em Londres com dois endereços. Até os anos 90 os sapatos eram exclusivos do Hermès, mas nos últimos dez anos mais ou menos ganharam espaço próprio.
Existe um mercado para quem prefere- ou precisa- de roupa sob medida, sem grifes, que o comércio anda ignorando. A começar pelos tamanhos que partem do principio de que todos são magros, quando a obesidade está aí no noticiário. Apenas alguns grandes espaços, como o Corte Inglês, oferece uma ala “de grandes tamanhos” como no excelente de Lisboa.
O mundo tem mudado, foi-se o tempo de um gravatier de Genebra,
exclusiverrimo, que tinha no Rio alguns poucos clientes como Nascimento
Brio e Eduardo Bahouth . Mas aí já seria pedir demais . A volta do
SULKA já ajudaria muito…
Dica de Aristoteles Drummond para os que gostam, ou precisam como afirma ser o seu caso, camisas, ternos, casacos e calças sob medida. Para ele a melhor loja para homens, hoje em dia, inclusive tendo alfaiataria e camisaria, é a Rosa e Teixeira, deLisboa, na Av da Liberdade. Onde também se encontram bons calçados de diferentes marcas, gravatas que lembram as do SULKA, cujo desaparecimento lamenta.
Quanto aos calçados, recomenda das poucas sapatarias exclusivas, a John Lobb , encontradas em NY , Londres, Paris e Madrid . E tecidos no Brasil, alguma oferta na Casa Alberto, no Rio, ou nas lojas de tecidos como a Firenze, que sobrevivem na RuaAugustaem SP. Ou ainda diretamente no mostruário de alfaiates e camiseiros existentes.
Alberto Marques- Rua da Quitanda 30 tel ( 021) 2222 0483
Rosa e Teixeira- em Lisboa_ Av da Liberdade 204
Casa Alberto- Visconde Pirajá 282 ( tem outras no Rio)
Glenda Kozlowski, que entra em nossas casas nas manhãs de Domingo comandando o Esporte Espetacular da TV Globo ( adoro! ), é exatamente como a vemos dentro da telinha: alegre, divertida, positiva, sempre à vontade e linda!
Ela é uma pessoa encantadora e simples e por isso também está sempre chic, afinal o estado de espírito se reflete na nossa maneira de vestir!
Aqui no LOOK DO DIA de hoje, Glenda veste calça branca, espadrille de couro com salto de corda, e uma camisa divina que ela me disse que comprou num “buraco” em Barcelona!
Acho que o tal nome para a bola que as pessoas estão votando na Globo ( Brazuca, Bossa Nova…), deveria se chamar GLENDA, afinal quem bate um bolão é ela!