Muitas mulheres famosas já sucumbiram às rendas de Alexander McQueen. Das atrizes Anne Hathaway, Julianne Moore e Nicole Kidman, que sempre usam, à princesa Kate Middletown, que se casou com um vestido assinado pela designer da marca. Agora, é a vez da joalheira Miriam Kimelblat.
Conhecida por suas criações orgânicas, geralmente inspiradas na fauna e na flora, ela se rendeu à moda do estilista britânico com uma coleção inteira inspirada num vestido desfilado por ele em outubro de 2006, em Paris. Anéis, colares e brincos acabam de chegar à loja do Fashion Mall, no Rio de Janeiro, com as formas de um ouro rendado, construído por Miriam, artesanalmente, em peças “one of a kind”.
Voltamos de férias hoje, revigoradas, e com muitas saudades dos nossos teclados… Por isso, escolhi pra vocês um post divertido e também bastante útil nestes dias de inverno ao sul do Equador. Que tal dar um pulinho “a mi Buenos Aires querida” e passar dias deliciosos nesta cidade que é das mais lindas de nosso continente, divertindo-se a valer?!
Para tanto, pedi a minha filha Maria, que esteve por lá recentemente, pra nos dar uma dica imperdível… Sigam com ela! BN
FERVOR, POR MARIA TEIXEIRA DE MELLO:
“Dizem que a alma argentina é que nem o tango: sofre, sofre, mas não se rende jamais. E foi mais ou menos essa impressão que levei comigo de Buenos Aires.
Monumentos lindos e cansados…
Uma cidade nostálgica, de passado visivelmente glorioso, hoje já não vive mais seus melhores dias. Seus monumentos uma vez imponentes estão descuidados e já não intimidam tanto; as fachadas européias perderam sua cor e ninguém se lembrou de “passar uma mãozinha de tinta”. E a Casa Rosada?! tá mais pra nude do que rosa.
A Casa Nude: linda forever!
Mesmo assim, em meio à crise e recessão econômica, bandeiras argentinas penduradas em imóveis de pintura descascada, são provas de que nada derruba o orgulho dos Porteños: eles continuam patriotas fiéis como nunca, cheios de “arrogância”, mesmo espírito de competição que já conhecemos e repetitivos no incansável discurso “Maradona es mejor que Pelé y Messi mejor que Neymar”.
E tudo bem, porque se você tiver indo pra Argentina achando que vai encontrar um nativo de lá, humilde, altruísta e que chore por mais alguém que não seja ele próprio, ou Evita Perón, você está no lugar errado. Mas essa é a graça deles, é o que faz esse povo ser tão caricato e cheio de personalidade, é o que define o típico argentino.
Eis o Fervor!
E é justamente pra um restaurante a cara deste típico argentino, que eu quero levar vocês. Situado no famoso bairro da Recoleta, Fervor é um lugar tradicional, barulhento, de culinária local, que a grosso modo seria um equivalente à Brasserie Lipp em Paris… Não pense em decoração clean, fria, minimalista, nem em nada extravagante e surrealista à la Philippe Starck; o ambiente do salão de dois andares é mais informal e cosy, porém super agradável e charmoso.
Panorâmica….
A maior parte dos garçons, já têm tempo de casa suficiente pra te tratar com impaciência, mal humor e até uma certa folga (nada que você já não tenha experimentado no Bar Lagoa… you’ll survive). Portanto, no stress, veja isso como parte do programa.
OMG: Empanadas divinas….
Na “crowd” você encontra de tudo: jovens animados, velhos rabugentos, famílias, casais, a grande maioria composta por locais e alguns poucos turistas (eu por exemplo)… E por que não, Karl Lagerfeld, que já declarou diversas vezes que é seu restaurante preferido na cidade (então, se não quiser confiar em mim, pode confiar no Kaiser).
Pra comer rezando e pedindo perdão!
A comida é simplesmente deliciosa e pra quem não conhece nada da cozinha argentina, dou algumas dicas imperdíveis. Não deixe de provar as tradicionalíssimas “empanadas”, o jamón também é sempre uma boa opção, mas se tiver que escolher só uma entrada, a “tortilla de papa y cebolla” é de comer rezando! Pro prato principal, há várias opções de carnes, cortes e embutidos (óbvio, especialidade argentina), mas pra quem não for “carnívoro” ou preferir algo mais leve, a lista de peixes e frutos do mar não deixa nada à desejar. Se ainda tiver um espacinho pra sobremesa (e eu sugiro que você reserve esse espaço), a melhor pedida é a panqueca de “dulce de leche”: dos deuses (do Olimpo, do Egito, da Roma Antiga, de Hollywood… todos eles se uniram pra criar essa iguaria deliciosa)! Toda essa orgia é claro, acompanhada de um bom vinho argentino (opção no menu é o que não falta).
Então organize um grupo grande, reserve uma mesona, e vá preparado pra passar umas boas horas lá, comendo bem, bebendo bem, rindo, falando alto, se divertindo… E se você olhar pro lado, vai ver que nossos “hermanos” não são tão diferentes da gente assim; e que mesmo quando a coisa aperta, eles respondem com alegria.” MTM
