Cinema

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A Árvore da vida

 
Enfrentei, neste domingo, “A árvore da Vida” e, confesso, ela me venceu! Pelo menos por enquanto!
Meu primeiro percalço diante do filme, foi transposto depois de 10 minutos de iniciada a sessão, por conta de uma gigantesca e irrequieta cabeça à minha frente e o cinema lotado. Sei, por adivinhação, que teses preciosas para a trama foram propostas durante este período, já que só consegui ler o final de cada legenda, o que a torna ainda mais enigmática.
Resolvido o problema, pude me concentrar como gostaria e deveria diante da tela, porque o filme de Terrence Malick não aceita nenhum desvio de atenção e até o barulho dos sacos de pipoca, normalmente imperceptíveis, tornam-se irritantes. E aí, diante de mim, surgiram dois filmes: Um que amei, rústico e lúdico, violento e terno,” natureza x graça”! Quanta coisa linda foi dita neste plano narrativo, o da história de uma família do interior do Texas. E à medida que a trama evolui, entendemos que de alguma maneira, aqueles ali somos todos nós, resumidos no arquétipo “O’Briens”. Tá, falei a palavra proibida no vocabulário de Malick: Compreender! Mas é tão dificel, depois de Decartes, não se cometer este pecado!
Já o segundo filme é visual, literalmente. Imagens lindas e viscerais entremeiam o plano narrativo que descrevi acima. E aí foi que eu dancei! Ok, aquele fogo todo era o Big Bang, li nas resenhas, porque “Árvore” só com bula. Daí vem a evolução da vida, os micro organismos mutantes, a vida saindo da água e conquistando a terra, dinossauros, etc, etc! E os O’Brien, são os últimos desta cadeia alimentar? Onde ou quando as duas tramas se encontram?
Ta, já ouvi! É pra eu sentir!!!! Vou tentar no próximo fim de semana, quando pretendo revê-lo para treinar meus neurônios ou realizar que eles não passam de Tico e Teco.
Só mais um detalhe: Palmas de Ouro pra Brad Pitt, que como Leonardo di Caprio, deixou pra traz a imagem de “louro burro” e está fazendo uma carreira corajosa, aceitando papéis polêmicos e dando sua linda carinha à tapa! Ele, a linda Jessica Chastain e o menino Mac Cracker estão divines! Curti!
BN

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Um sonho de amor

“Io sono l’amore” é como Athena, cuspido de uma cabeça, no caso a do cineasta Luca Guadagnino, e mantém seu ritmo racional e estudado até o fim. Resultado: Ele não te arrebata!

Nada no filme me pareceu espontâneo: Figurinos, cenário, trilha sonora e a escolha da atriz Tilda Swinton pra protagonista, reforçam o clima de uma fria e contida elegância de tal forma, que muitas vezes vemos e ouvimos mais do que sentimos. Senão, o que seriam os trágicos quinze minutos finais, sem a retumbante música de John Adams?!

Chic e muito bem cuidado, com mis-en-scène “quase” perfeito (sim, porque Visconti muso do diretor e meu também, jamais serviria vinho com sopa), Guardignino quer impor um mundo de requinte  que talvez não lhe seja nato. Por isso, a preocupação com a estética rouba muito da naturalidade e um pouco do andamento da trama.

O filme conta a história da paixão de Emma (Tilda Swinton está, simplesmente, maravilhosa!!!), melancólica mulher de um poderoso industrial  da alta burguesia milanesa e Antonio (Edoardo Gabbriellini, nada convincente no papel), talentoso chef de cozinha e amigo do filho de Emma, que com seu encontro  retumbante, mudam tragicamente o rumo do clã Recchi.

“Gattopardo”,”Violência e paixão”, “Rocco e seus irmãos”, Tancredi, Milão, Marisa Berenson (que plástica mais mal feita fizeram na linda atriz!), os di Modrone, Luchino Visconti paira no ar o tempo todo, tornando-se uma espécie de meta artística  a ser alcançada. E isso é muito bom porque o resultado é tão bonito e distinto que da gosto de ver.  Detalhe ufanista: Toda esta beleza é fruto da competência da”Production Designer” carioca, Francesca di Mottola!

E pra acabar, mostro foto da “Ratatouille de camarão”, que mudou a vida de Emma e protagoniza com a atriz, melhor cena do filme!
BN

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Amor a toda prova!

Domingo é dia da dobradinha cinema e pizza aqui em casa, sempre minha caçula, eu e quem vier. Como pra mim, não há programa melhor, o medo de perdê-lo me faz deixar a escolha do que ver pra Isabel, e hoje ela estava afim de uma comédia romântica.

Olhadas as novidades no jornal, rumamos pro Fashion Mall, à procura do lançamento “Amor a toda prova”, o mais recomendado da semana e te confesso, o filme não me arrebatou…

Num look moderninho, tipo Sofia Coppola em “Encontros e desencontros”, os diretores vão te contando uma história menos interessante do que tudo mais que você vê e ouve na tela. Por isso, me peguei algumas vezes  interessada em outsiders tipo a bolsa da Julianne Moore ou a linda trilha sonora seventies e seus hits que nos transportam direto e com canastra real para a década peace and love!

Mas não deixe-se levar por mim! Vá vê-lo e dê notícia. Meu bonequinho olharia sentado e o seu?

BN

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