Terça feira dia 24 de Maio, em Paris, será o lançamento de um dos livros mais lindos que já vi, não só pela beleza mas pelo requinte dos detalhes, da sensibilidade das frases, da arte da elegância.
Falar deste livro para mim é delicado pois não só achei um deslumbramento como foi escrito por minha mãe, que é um ser iluminado, e o seu livro reflete esta luz.
Durante um ano trabalhou muito, escolheu cada página com muito carinho, selecionou histórias da família, fotos de álbuns ou revistas, de bailes e amigos.
Mariano, meu irmão, teve grande participação, incentivando nossa mãe a cada dia com palavras e atitudes sempre positivas, resolvendo todos os pequenos e grandes detalhes. O resultado é uma obra linda e mágica que só Silvia Amélia saberia fazer!
Aqui em primeira mão para o blog algumas páginas deste livro encantado!
O livro todo é feito com as colagens de Silvia Amélia.
Ontem fui andar por uma das Avenidas mais lindas do mundo, a Vieira Souto, e quando cheguei no Arpoador, quase no posto 7, me deleitei ao me deparar com uma pequena casinha toda de madeira. Correndo me aproximei para ver o que era…
Uma caixinha cheia de livros, e ao lado, a explicação de um projeto excepcional, que fiquei totalmente encantada e pretendo ESPALHAR…
O projeto se chama “Ninho do livro”, trata se de um espaço em frente a praia do Arpoador, onde você pode escolher um livro para ler, e deixar o outro que você já leu. Achei a ideia genial! Já existem vários espalhados pelo Rio, na Gavea, no Leblon…
Na lateral desta caixinha encantada estes dizeres:”O ninho do livro é um livreiro de troca, um espaço meu, seu e de quem quiser, para trocarmos nossos livros por outros. O local para que seus livros voltem a voar por ai…” Não é adorável este projeto?
Bom eu amei, e entrei no site www.satrapia.com.br para saber mais sobre o assunto. Descobri que é uma agencia de benfeitores da cidade, e que houve um festival de cidadania internacional que chegou no Brasil através da Satrápia, e teve o Rio de janeiro como porta de entrada. Em seu primeiro ano, no dia 4 de maio tiveram mais de 100 intervenções de amor espalhadas pela cidade,foram mais de 400 voluntários e 25 bairros envolvidos. Não dá vontade de espalhar pelo Brasil? Entrem no site para ver todas as ações.
Adoro dar notícias boas, e para mim praticar a bondade, a caridade, e a fraternidade só pode dar um resultado positivo na vida de qualquer ser humano.
Este nosso Rio de Janeiro, apesar de tudo, continua mágico. Esta placa acima do Largo do Millôr é charme e pura poesia. “O por do sol é de quem olha…” pode um endereço mais romântico?
Maura e seu namorado argentino trocando de livro, ela me contou que já era o terceiro livro que pegava ali, e que era excelente para seu português.
Minha querida cunhada Solange Montenegro, a pessoa mais apaixonada pelo Rio de Janeiro que eu conheço, e quem me mostrou este encanto de projeto.
Venham, peguem e tragam seus livros , troquem muito, pois temos que estimular projetos bonitos como este, e que fazem de nos seres melhores. Parabéns a vocês que tiveram a grande ideia e a criatividade de inventar isso!
Estamos há 2 dias do Natal e pros que ainda procuram AQUELE PRESENTE, tenho um milagre em forma de livro e que é também, das mais bonitas e cuidadas publicações do ano: “RIO BELLE ÉPOQUE”, da Editora Bem-Te-Vi… Luxo só!
Programado para fechar, com chave de ouro, o ano em que o Rio de Janeiro comemora seus 450 anos, ele é um legado à altura da data e também uma preciosa fonte de pesquisa fotográfica de uma época tão importante da formação da cidade.
Concebido em formato de “Album de Imagens” e composto por 230 fotografiasinéditas, tiradas por anônimos entre 1902 e 1930, seu texto é de Alexei Bueno, dos maiores conhecedores da história carioca que, logo na introdução, nos surpreende com a inusitada história da gênesis do lindo livro.
Que nasceu de um presente que o editor Sebastião Lacerda ganhou do pai, Carlos Lacerda: uma mala que continha algumas fotos, em positivo, misturadas a vários negativos de vidro, frágeis e misteriosos que, quando revelados, transformaram-se em imagens deslumbrantes das 3 primeiras décadas do século XX do Rio de Janeiro, então capital do Brasil.
Cobrindo os 28 anos da chamada “Belle Époque”carioca, que vai de 1902 com início do inovador governo do Presidente Rodrigues Alves até 1930, término da República Velha, as fotos estão agrupadas por assuntos como “O Rio Civiliza-se”, “O homem da rua, discreto figurante”, “O fim de uma era”…
No mais, só agradecer à visionária editora Vivi Nabuco e sua maravilhosa “Bem-Te-Vi”, que mais uma vez acreditou na preservação da memória brasileira ao restaurar e publicar o precioso presente de Lacerda, com todo esmero! BN
Dei pulos de alegria quando a querida AC me contou, sábado passado, sobre a nova edição de um dos clássicos da historiografia carioca, o emblemático “História das Ruas do Rio”, de Brasil Gerson. Foi desligar o telefone e ventar pra livraria mais próxima, atrás de um exemplar pra ilustrar meu fim-de-semana, e também engrandescer minha biblioteca com o melhor da literatura do Rio e sobre ele.
Produzida e ilustrada com todo esmero, pela competente “Editora Bem-Te-Vi”, a sexta edição de “Histórias…” é um afago para nossa “Cidade Maravilhosa”, justo no ano em que completa seus 450 anos de existência: por suas páginas o autor tece a interessante história do Rio de Janeiro, contada através da criação de suas ruas, das pessoas que emprestaram seus nomes à elas, e dos episódios relevantes da saga brasileira que estas ruas foram palco já que, por séculos, o Rio foi capital do país.
Com um texto elegante, informações precisas e preciosas e fotos lindíssimas, Gerson cobre a feitura da cidade com maestria cronológica e um didatismo sutil, fundamental para que não nos percamos por entre suas ruas, becos, praças, avenidas…
Assim, recanto por recanto, a cidade vai sendo cantada e delineada pelo talento de sua pena. Além de descrever as transformações físicas e geográficas da vila que virou metrópole, com nuances encantadoras, o autor não esqueceu das mazelas da história carioca que aborda junto com hábitos dos anônimos que mudaram o destino daqui, compondo assim, em paralelo, uma bonita e emocionada crônica da nossa “evolução”.
Alexei Bueno, em sua maravilhosa introdução ao livro, nos conta que:
“Todas as cidades têm no tempo a sua mais espantosa dimensão. Invisível para quase todos os seus habitantes, no que transcenda o breve alcance de suas memórias pessoais, é como cegos para ela que a maioria dos homens as atravessam. Seus olhos, que se abrem para as três dimensões do espaço, vivem perenemente fechados para a quarta dimensão da sucessão infinita. Uma única coisa tem o condão de lhes abrir a vista para esta cidade invisível: a História”…
Falou e disse Alexei, e este livro inspirado cumpre plenamente esta missão… Por isso, batamos palmas pra nossa adorada e competente Vivi Nabuco: sua “Bem Te Vi” arrasa! BN