Entrevistas

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VICTOR PATINÕ UM GRANDE NOME NOS BASTIDORES DA MODA

 

Victor Patiño em Florença para o 40 forever

Conhecendo um pouco o Victor Patiño

Meu querido amigo Victor Patiño ocupa, hoje, um cargo importante de direção internacional do Grupo Gucci. Nascido no Rio de Janeiro e residente em Florença, na Italia, Victor é um cidadão do mundo. Simpático, elegante, sofisticado, viajado, com o maior bom gosto, Victor é também um amigo impecável. Que sorte que eu tenho de conviver com ele desde a minha adolescência!
Vejam a entrevista que Victor deu especialmente para o blog:

MP: Conte como começou sua carreira?

VP: Terminei meus estudos em Ciências Políticas, na Sorbonne em Paris. Na universidade, tinha sempre mantido interesse por temas ligados à educação e à cultura a partir de uma perspectiva internacional e multilateral. A UNESCO, com sede em Paris, era o lugar ideal para eu seguir carreira nessa área e esse era o meu plano. Foi onde tive o meu primeiro emprego. Em um certo momento, surgiu a oportunidade de trabalhar na área de produto da Christian Dior. Era uma coisa totalmente nova e desconhecida para mim. Mesmo assim, resolvi aceitar o desafio. E foi assim que tudo começou…

 MP: Desde então, você já trabalhou para várias marcas de luxo. Quais foram elas?

 VP: Além da Dior em Paris, trabalhei, também, para a Vivienne Westwood em Londres e para a Prada em Milao. Hoje trabalho para a Gucci com sede em Floreça na Italia.

MP: Que interessante. Isso te levou a morar em varias cidades europeias? Você tem uma preferida?

VP: Morei em Paris, Londres, Roma, Viena, Milão e Florença. De todas, tenho uma afeição especial por Paris, cidade que visitei desde a juventude e que escolhi para estudar, começar minha vida profissional e onde tenho tantos caros amigos.

MP: Que posição você ocupa na Gucci?

 VP: Sou, desde 2006, o Diretor Mundial de Licenças da Gucci. Cuido de todos os contratos da marca para a produção e distribuição das coleção de óculos, perfumes e cosméticos. É um trabalho muito intenso, que envolve a boa compreensão do processo da criação artística, as peculiaridades dos diversos mercados regionais, as estratégias de marketing e comunicação, tudo com uma boa base juridica. Uma visão de 360 graus que também oferece espaço para a criatividade. Um outro aspecto que creio ser interessante mencionar é a preocupação do Gucci com a sustentabilidade. Minhas açōes são pautadas de modo a garantir que nossos produtos sejam produzidos dentro dos padrões internacionalmente aceitos de respeito ao meio ambiente e de responsabilidade social. Desenvolvo minhas atividades com um time de pessoas da mais alta competência e com um excelente espirito de grupo.

MP: Que vida cheia de emoções. Vamos falar um pouco do Victor agora. Que livro você está lendo no momento?

VP: “La Padrona”, escrito pela minha amiga Alessandra Borghese. O diario secreto de uma aristocrata romana. Uma trama passada na Roma do século XVII, durante o pontificado de Camillo Borghese, Papa Paolo V.  Apesar de ser um romance, o livro é baseado em muitos fatos históricos e inclui, ainda, um pouco de psicologia e sensualidade. É, ao mesmo tempo, informativo e divertido. Recomendo a leitura!

MP: Filme da sua vida?

 VP: Casablanca! É uma das mais bonitas estórias de amor do cinema que começa em Paris. Não podia ter outro filme preferido.

MP: Você viaja muito. De todos os lugares que você já visitou, qual o que mais te marcou?

VP: Viajar é um dos meus grandes interesses. Viajo muito a trabalho. Mas também viajo muito a passeio. Normalmente gosto de tudo o que vejo. Alguns dos destinos especiais que tive a oportunidade de visitar e que guardo otimas recordações foram o Butão, a Lapônia, Botswana, a Patagonia, a Síria, e as ilhas de Sumatra e Mustique. Minha próxima aventura será na República Democrática do Congo, para visitar um grande amigo e agora Embaixador do Brasil, Paulo Uchoa, em Kinshasa. Dos lugares que visito regularmente, a pequena estação suíça de esqui de Gstaad é o lugar onde me sinto mais feliz. Passo férias de inverno lá já há mais de 30 anos, quando reencontro meus amigos que moram espalhados pelo mundo. É o momento do ano que aproveito para me desligar da vida de trabalho e para recarregar minhas baterias.

 MP:  Sei que você e um exímio esquiador. Em geral voce prefere montanha ou mar para suas ferias? 

VP: Adoro esquiar. É um esporte que oferece um sentimento de liberdade diante de grandes espaços ao ar livre. Gosto muito do mar, tenho um especial carinho por Buzios, que faz parte das minhas raízes brasileiras, mas tenho paixão pelas montanhas, um gosto que herdei do meu pai, que como boliviano, gostava muito de montanhas.

 MP: Você tem hobbies?

VP: Adoro fotografia e arte contemporânea. Gostaria de ter mais tempo para me dedicar aos dois.

Victor é um querido e desejo que sempre continue neste caminho de sucesso total pois ele merece todas as glórias…

E por fala em Gucci adorei a bolsa que fizeram especialmente para o Brasil, é a nossa cara, alegre, colorida e super tropical. Ganhei uma e AMEI!

MP

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PAULO UCHOA O NOVO EMBAIXADOR NO CONGO

O Brasil tem novo Embaixador em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo: Paulo Uchoa, meu queridíssimo e sensacional amigo e um dos mais jovens Embaixadores de sua geração. Bem formado, competente, fluente em várias línguas ( inglês, francês, italiano, espanhol e pasmem japonês e árabe), Paulo é um diplomata completo, que transita muito bem nos círculos mais influentes do mundo como Paris, Nova York, Beirute, Rio de Janeiro e ainda por cima aceita desafios super perigosos.

Embaixador Paulo Uchoa pelo fotógrafo Henrique Gendre.

Trabalhou com Sergio Vieira de Mello, no Timor Leste, participou da missão de reabertura da nossa Embaixada em Bagdá e ajudou no resgate de milhares de brasileiros que fugiram da guerra no Líbano em 2006. Especialista em Japão e Oriente Médio, foi recentemente convidado pelo Chanceler Patriota para comandar a Embaixada do Brasil em um dos países mais importantes da África, continente que até então não conhecia. Não pensou duas vezes. Aceitou o desafio. Dias depois de sua chegada ao Congo, Paulo deu entrevista ao blog sobre sua vida no seu novo país de residência.

Vista do Gabinete do Embaixador para Avenida 30 de junho
Kinshala capital do Congo

MP: Conte-nos um pouco sobre o Congo.

PU: A República Democrática do Congo é o segundo maior país da África, com uma população estimada em 80 milhões de habitantes, sendo o quinto mais populoso do continente, com um enorme potencial agrícola e com significativas riquezas geológicas em seu subsolo.

MP: Quais foram suas primeiras impressões ao chegar a Kinshasa?

PU: À exceção do Egito, nunca havia estado na África antes. Não sabia exatamente o que esperar. Mesmo assim, cheguei com expetativas positivas ( característica típica de meu amigo). 24 horas depois da minha chegada, essas expectativas haviam sido todas superadas. Os congoleses com quem estive até o momento foram todos muito cordiais e, acompanhando tendência mundial, adoram o Brasil. Isso deverá facilitar o meu trabalho. Fui, também, muito bem acolhido pelos colegas e funcionários da Embaixada.

MP: E como é a capital? 

PU: Kinshasa é um enorme centro urbano que abriga um amplo espectro de realidades, algumas delas bastante complexas. A Residência e a Chancelaria da Embaixada do Brasil ficam ambas no bairro de Gombe, às margens do rio Congo, que concentra grande parte das Embaixadas e órgãos do Governo congolês. Nessa parte da cidade, as largas avenidas e as calçadas ajardinadas produzem um aspecto tropical agradável e fazem lembrar cidades como Belém e Manaus no norte do Brasil. Ha, também, hotéis, supermercados, restaurantes, farmácias e comércio em geral.

MP: Como é sua rotina de trabalho?

PU: Como cheguei há muito pouco tempo, ainda estou com uma rotina dominada pelas providências de instalação. Aguardo meu primeiro encontro com o Chanceler do País para, em seguida, ser recebido pelo Presidente da República, quando farei a entrega de minhas cartas credenciais. Essa cerimônia marcará o início oficial de minhas funções.

MP: Em que consiste o trabalho do Embaixador do Brasil em Kinshasa?

PU: Um Embaixador é um representante pessoal do Chefe de Estado do seu país perante o Chefe de Estado do país para o qual está designado. Atua dentro de parâmetros estabelecidos e instruções recebidas do Ministério das Relações Exteriores. Nesses termos, sou responsável por tratar, pelo lado brasileiro, dos aspectos multidisciplinares das relações bilaterais entre o Congo e o Brasil, que incluem relações politicas, comércio, cooperação, cultura, educação, ciência e tecnologia, para citar apenas algumas áreas de interesse. Acompanho, também, as atividades de manutenção e imposição de paz levadas a cabo por um contingente de 20 mil integrantes da Organização das Nações Unidas, a maior missão de paz em operação no mundo hoje.

MP: Em termos concretos, o que você pretende realizar durante seus anos como Embaixador em Kinshasa?

PU: Em primeiro lugar, pretendo dar continuidade ao trabalho de aprofundamento do diálogo politico entre os dois países desde a reabertura de nossa Embaixada em Kinshasa em 2004. Procurarei, também, identificar oportunidades que possam aumentar a presença comercial brasileira no Congo. Tenciono encontrar formas de mantermos e ampliarmos os programas de cooperação que já vimos implementando há alguns anos em áreas importantes para o desenvolvimento do Congo como saúde, educação e formação de servidores públicos. Gostaria de trazer mais cultura brasileira para o Congo e organizar algo em torno do futebol.

MP: Que interessante! Mas por que ouvimos, às vezes, noticias negativas com relação ao Congo no noticiário?

PU: No fim dos anos 90, infelizmente, o Congo passou por uma longa guerra civil que causou muitos danos ao país e à sua população. A paz foi instaurada no começo dos anos 2000 e nos últimos 10 anos houve muitos progressos em muitas áreas. Mesmo assim, situações de instabilidade ainda subsistem no leste do país, foco da maior parte das noticias negativas sobre o Congo na imprensa internacional. Há um grande esforço conjunto entre o Governo da RDC e a comunidade internacional, inclusive o Brasil, para que se resolvam esses problemas.

MP: Isso significa que algum risco para você?  

PU: Apesar da estabilidade que hoje prevalece em Kinshasa, quase todas as Embaixadas adotam procedimentos de segurança para garantir a proteção de suas instalações e de seus agentes diplomáticos. No caso da Embaixada do Brasil, contamos com uma estrutura de segurança coordenada por um grupo de militares do Exército brasileiro e por funcionários privados de segurança. Em meus deslocamentos sou acompanhado por uma equipe de segurança.

MP: E em termos pessoais, quais são seus planos?

PU: Nas próximas semanas e meses, pretendo descobrir mais a cidade, o país e a própria África. É um continente com uma cultura muito rica e com algumas das paisagens mais belas do mundo. Sem falar na riqueza da fauna e da flora. Antevejo que viverei anos muito interessantes, tanto pessoal, quanto profissionalmente.

Tenho certeza que as relações entre o Congo e o Brasil vão mudar para muito melhor depois da passagem de Paulo Uchoa por lá… MP

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NIGELLA LAWSON: ENTREVISTA PARA O 40 FOREVER!

 

Lucky, Nigella e eu

 

Ela é linda, simpaticíssima, antenada, culta, inteligente, engraçada e ainda cozinha muito bem! Esta é NIGELLA LAWSON, nossa “íntima” da TV, com seu programa adorável no GNT, e seus vários livros, um dos quais, motivo de sua vinda ao Brasil na semana passada.

Depois de ter passado pelo “Programa do Jô”, pelo “Mais Voce” de nossa querida Ana Maria Braga, o “Estrelas” da igualmente linda e querida Angélica, e todos os principais jornais do país, pensei: “não sobrou nada pra gente perguntar, e agora?”…

Espero que tenham novidades pra voces na entrevista tão simpática que ela nos deu!

Convidei pra ir junto comigo minha prima, LUCKY ALMEIDA BRAGA, que pra mim é a Nigella local sem programa de TV, pois ela cozinha o fino, entende tudo de pilotagem de forno e fogão, e comer na sua casa é sempre uma delicia! Fora o que é de linda e simpática; enturmou com a Nigella na hora!

 

Que linda que minha prima amada é!

 

AC

 

40F: Nigella, voce dá tantas dicas sobre suas receitas deliciosas, mas nós queremos as suas dicas de beleza ( ela é LINDA!), e a receita da sua pele ( nem Branca de Neve!):

NL:  Não tomo sol, bebo muita água, e lavo meu rosto toda noite com um pano leve, sem sabão, e um produto que é vendido no TEMPLE SPA, chamado “IN THE BEGINNING”, que voce passa no rosto e lava com água. Quando eu tinha 26 anos, fui ver uma pessoa incrível que só entende de rosto e que me disse que eu não precisava de nada além de lavar meu rosto toda noite com um pano, tipo o que usamos com os bebes, e um “cleanser”, para tirar a pele morta, e desde então eu nunca deixei de fazer isso, nem uma noite sequer! Esse produto tem óleo de oliva e deixa sua pele muito macia, e li também que não devemos passar muitas coisas no rosto para não obstruir os poros.

 

 

40F: Nigella, e o segredo para ficar em forma quando se cozinha tão bem como voce?

NL: Não é dificil ficar em forma se voce aceitar ficar dentro do seu padrão;  eu faço exercícios: Pilates e esteira. Eu não fazia antes, mas agora não dá mais pra escapar. Além de comer menos, quando chegamos numa certa idade ( 40 forever, claro!), devemos também fazer exercício, senão não adianta!

 

40F: Nigella, seu marido, Charles Saatchi, é um grande colecionador de arte. Voce divide com ele esta paixão pela arte?

NL: Eu gosto de aprender sobre coisas novas, acho interessante, pois sempre fui mais uma pessoa das palavras, da leitura, então ser introduzida no mundo das artes visuais é super interessante. Eu não tinha um “approach” neste assunto…Assim como voce quando lê um livro, não precisa ser um expert literario para apreciar, eu não sou uma expert no assunto, então eu não vejo a técnica do trabalho, eu apenas me pergunto, “eu gosto deste trabalho?”.

 

 

 

 

40F: Como educar os filhos numa era digital como a nossa, voce tendo sido uma crítica de livros e gostando tanto de ler? ( ela tem dois filhos, uma menina de 19 anos e um menino de 16 anos, e seu marido uma filha, todos moram juntos!)

NL: Minha filha lê bastante. Ela viajou para passar 3 meses na Australia fazendo um curso, ela queria ficar super independente, eu então concordei mas disse à ela que pagaria pelos seus livros, e comprei um Kindle e fiz download de todos os livros que eu gostava e que achei que ela gostaria de ler, como “David Copperfield” de Charles Dickens, “Persuasion” de Jane Austen, autores ingleses dos anos 40 como Nancy Mitford, “The Great Gatsby”, um pouco de tudo, e ontem ela me ligou para dizer que estava lendo “David Copperfield” e adorando! Acho esse um presente maravilhoso, pois cria uma nova conexão entre nós duas. Já disse que cozinhar e escrever são similares, assim como comer e ler. Dar para as pessoas os livros que voce ama é o mesmo que cozinhar para elas a comida que voce adora! É tão pessoal e íntimo! Quando se recomenda um livro que te tocou, tem mais efeito que uma crítica literária, pois voce está recomendando uma coisa que calou ao seu coração, e pra mim é quase uma coisa urgente, recomendar uma coisa que adorei, quero logo compartilhar.

 

 

40F: E os seus filhos, gostam de cozinhar? Ou melhor, “ousam”cozinhar para voce? (hahaha!)

NL: Claro! Eu não sou uma pessoa com aptidão especial para o assunto, eu cozinho em casa, como uma cozinheira e não como uma “chef”. Minha filha vai para a universidade em setembro e acho que quando ela vier para casa, cozinhará mais vezes!

 

40F: O que voce achou da cozinha brasileira? Do que gostou?

NL: Eu gostei muito e achei diferente. Eu aproveitei bastante o que provei, mas preciso voltar para casa, entrar na minha cozinha para fazer o que vi por aqui! Para aprender sobre a comida voce precisa faze-la! Eu adorei as coisas pequenas que provei no Aconchego Carioca, feitas pela Katia Barbosa. Achei incrível a idéia de “transformar” a feijoada num bolinho! Acho a feijoada um pouco pesada, então gostei muito do modo que ela fez!

 

 

40F: Voce viaja para experimentar outras culinárias pelo mundo? Tem alguma preferencia?

NL: Sim, mas não viajo muito pois tenho 3 filhos em casa e um trabalho, então viajo pelo trabalho quando preciso e de férias com a familia, pois não gosto de ficar longe deles. Quando viajo nunca leio antes livros sobe o local, só leio os livros sobre a culinária do lugar! Adoro a comida italiana, mas em geral gosto de todas! Nunca fui ao Japão mas em Londres tem ótimos restaurantes japoneses. Adoro comida asiática, thai, que não são muito caras como a comida japonesa, pois com esta precisa-se trabalhar com o que há de mais fresco no mercado e de melhor qualidade em se tratanto de peixe cru, tem que ser top!

O que acho também interessante sobre a minha cozinha, é que voce pode fazer sozinha em casa porque não é complicado conseguir os ingredientes, as ervas… Para fazer uma comida japonesa em casa tem que ter mais habilidade e demora muito mais tempo!

Eu quero muito ir ao Amazonas provar a comida de lá!

 

40F: Voce tem que ir também à Minas Gerais e à Bahia provar as delicias de lá!

NL: Quando voce viaja acaba indo muito a restaurantes e o bom é poder ir conhecer a comida da casa das pessoas ( já convidamos pra vir nas nossas, claro! e expliquei que a Lucky cozinha divinamente bem, e, eu, só como muito!). Espero que voces não achem rude eu então me convidar para a casa de voces na próxima vez!

 

40F: Voce sai muito para ir a restaurantes em Londres?

NL: Não, eu cozinho muito em casa. No fim de semana gostamos de ir no mesmo restaurante sempre, o SCOTT’S, de peixes. Meu marido é fumante, não come carne, e sentamos do lado de fora, o que é muito agradável! Como estou sempre cozinhando em casa coisas mais elaboradas, quando saio gosto de comer uma coisa mais simples. As vezes vamos ao River Café, onde tem uma comida deliciosa e uma vista linda! ( AC: agora que vai começar o verão então é perfeito…, NL: Sei, os dois únicos dias de verão que teremos…).

 

River Café em Londres

 

River Café em Londres

 

Muito obrigada Nigella, Lucky e GNT!

AC

 

Nigella autografando o livro para a Lucky

 

GANHANDO O COLAR DA BO.HÖ, QUE A LUCKY DEU! ELA AMOU, VESTIU NA HORA E NÃO TIROU MAIS!

 

 

 

 

RADIANTES COM NOSSO ENCONTRO TÃO LEGAL!

 

AC

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DINO TRAPPETTI ENTRE ROMA E RIO

BATE PAPO COM O GRANDE DINO TRAPPETTI

Passei uma manhã deliciosa com Dino Trappetti em seu apart em Ipanema. Um bate papo que me fez voltar ao túnel do tempo de uma época gloriosa do cinema italiano, de um mundo charmoso que está acabando e que graças a Deus eu tive a sorte de conhecer um pouco, de personagens que fizeram uma época, que foram inesquecíveis e que serão eternos…

Adorei o cinzeiro do seu atelier.

Dino mostrando uns croquis de vestidos.

Dino conheceu Umberto Tirelli quando tinha apenas 20 anos, eles viveram juntos por 30 anos. Umberto foi um grande mestre na criação de figurinos, foi um ávido colecionador de roupas antigas, ele não se limitou a recolher roupas históricas, mas sempre tentou revivê-las, tornando-as disponíveis para trabalhar o traje. Tirelli vestiu grandes atores deste mundo do cinema, como Sophia Lauren, Maria Callas, Claudia Cardinale, Alain Delon e vários outros grandes nomes da época…

Alain Delon e Claudia Cardinale no filme o Gatopardo.
Maria Callas sempre vestida por Tirelli.

 Eles moravam em Roma e a escapada dos dois durante estes anos foi em Capri (que bom gosto) onde tinham uma casa em frente ao lugar mais mágico de lá, os Faragliones. Foram anos de glória e convivência com os nomes mais famosos do cinema Europeu numa época em que o cinema Italiano era o melhor e contava com cineastas como Luchino Visconti e Fellini…

Os faragliones em Capri.

 Em 1981 Dino descobriu as maravilhas do Brasil, foi em uma época difícil, onde teve uma depressão e Umberto, por estar sem tempo para cuidar dele, o enviou ao Brasil com um amigo, ele, de imediato, se apaixonou pelo país e por todos os seus encantos, com isso sua depressão foi embora rapidinho!

 

Quando Tirelli ficou doente eles se mudaram para Paris e moraram lá por quase um ano, pois Umberto queria passar os últimos dias de sua vida perto de seus grandes amigos como Beatrice de Rothschild (que fez um jantar onde conheci Tirelli), Olimpia de Rothschild, Hubert de Givenchy, Philippe Venet, Yves Saint Laurent…

Dino viveu 38 anos em Capri, depois da morte de Umberto resolveu vender a propriedade e alugar casas pelo mundo como, por exemplo, em Ibiza. Ele ficou uns 10 anos sem vir ao Brasil, pois, depois que Umberto se foi, acabou sobrecarregado com tantas responsabilidades, inclusive o atelier Tirelli. Só voltou aqui em 2000 e realmente se encantou e acabou escolhendo o país para passar os períodos de inverno europeu. Comprou um apart hotel, que tem a vista mais linda da praia de Ipanema, onde fica instalado 2 meses por ano. Segundo vários amigos, já é super carioca.  uma comida divina italiana feita por Andrea onde o famoso “pesto ‘é a especialidade!

Vista de seu apê!

Ele nunca trabalhou diretamente com Tirelli, na época investiu um dinheiro para fundar o atelier e virou sócio, mas sua verdadeira função era fazer assessoria de imprensa. Era assessor de todo este “Grand Monde” do cinema como Luccino Visconti, Martin Scorsese, e, sem modéstia, era o melhor de todos!

Quando assumiu o atelier, Dino não entendia nada de roupas, pois Umberto nunca quis que trabalhassem juntos, por conta disso até pensou em vender, mas os funcionários da TIRELLI o impediram de fazer isso. Os artistas Piero Tosi, que foi o maior figurinista do mundo, Gabrielle Pessoti que nasceu na Tirelli e ganhou um Oscar pelo filme  “Idade da inocência” e Piero di Pizi não  o deixaram vender, com toda essa repercussão, Dino resolveu tentar. Ele seguiu administrando e seus grandes artistas criando…

Foi então que resolveu ir a LA, como já era um grande expert em relações publicas, cativou, facilmente, toda Hollywood para vir até a Tirelli. E acabou fazendo “Paciente Inglês”, dirigido por Anthony Minghella, que estrelou Ralph Fiennes. O figurino do filme “Os Miseráveis” foi todo alugado do TIRELLI, maravilhoso!

O Atelier TIRELLI aluga e fabrica roupas para filmes no mundo inteiro, são 170 mil trajes numa área de 5.000m2 a 15 km do centro de Roma. As roupas são catalogadas por época e por classe social, vão da Monarquia, Aristocracia, alta burguesia, burguesia, meia burguesia, pobre e miserável.  Eles alugam roupas para todos os grandes filmes mas continuam sonhando em trabalhar com a TV Globo.

MP

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