Vou confessar pra vocês que dois dos ícones da boa mesa, eu aprendi a gostar: choppinho e panetone, exatamente nesta ordem! Porque tem coisa mais deslocada que um carioca que senta no Jobí e pede um copo de vinho tinto, pra acompanhar um …risoli? E na mesma linha de raciocínio, dá pra dizer que não gosto do símbolo gastrô do natal?
Hoje, sou totalmente louca por este pão doce com cheirinho de baunilha, recheado de frutas secas que, quanto mais poderoso o panetone, mais variadas são elas: damasco, figo, maçã, uva passa, cereja, e por aí vai o rol das que ajudam a compor esta mania ocidental.
Chiquérrimo, este pão dos deuses já nasceu em berço esplêndido, pois é milanez e sua origem cercada de mistério e lendas: vou contar pra vocês a que mais gostei, por ser super romântica! Consta que no século XV, um jovem da família Atellini apaixonou-se pela filha do padeiro Toni, que não aprovava o namoro. Para conquistar o sogro, o Romeu de Milão disfarçou-se de ajudante de padeiro, concebeu meu pão doce predileto e deu-lhe a forma de cúpula de igreja! Fala sério, quem não iria ficar “touché” por tal proeza? Sucesso imediato, o panetone fez o padeiro Toni (pão da padaria do Toni, pão do Toni, panetone!) ficar rico e os dois pombinhos viveram felizes para sempre… fofo, né?!
Seis séculos depois, o panetoni continua navegando à pleno vapor e o melhor que conheço, dos tradicionais e à venda no Rio, é da marca “Loison”, exclusivo da Delli Gil: Cinco quilos da mais macia e molhadinha massa, recheado com todas as frutas que você puder imaginar e numa embalagem linda. Bom para ganhar, bom para dar e melhor ainda para comer. Depois do jantar, com um copinho de vinho do Porto tinto, é heaven e dizem que o “day after” dele é melhor ainda: Na torradeira, pedaço fininho, tostadinho… Haja César!
Se você curtiu esta dica, te dou outra: são pouquíssimos os exemplares, então é pegar ou largar!
A DelliGil fica na Cobal do Leblon e o telefone de contato é: 21 2294 1151! BN
