FILME

FREUD X JUNG X SABRINA SPIELREIN = FILMÃO!

 

 

Acabei muito bem minha maratona do Festival do Rio 2011, assistindo ao interessante “Um Método Perigoso”: Foi o único, dos filmes que vi, aplaudido no final! Não recebeu ovação porque não se trata de obra prima mas é, certamente, uma joinha nascida da adaptação da peça “The Talking Cure”: Por isso, quem brilha são os maravilhosos diálogos de Freud X Jung, típico de texto bem importado do palco!

O diretor canadense David Cronenberg passeia pela convivência conflitada de Freud (Viggo Mortensur), seu discípulo Carl Jung (Michael Fassbender) e o da musa deles  Sabina Spielrein (estridentemente interpretada por Keira Knightly e suas caretas), mostrando o desenvolvimento da técnica psicanalítica freudiana e a contrapartida Junguiana, “a cura pela palavra”, concentrado a narrativa no “case”que dá motivo ao filme: O envolvimento médico, sexual e psicológico de Sabina com Jung, que teve Sigmund Freud completando o triângulo, como o terapeuta dos dois. O sensacional é que este trio de psicanalistas surreal formula, na nossa frente e como aconteceu na vida real, a teoria da transferência e contratransferência, isto é, decodifica o “romance”/relacionamento/envolvimento do médico com o paciente.

No mais, o visual primoroso da Belle Époque vienense, divinamente reproduzido com suas lindas roupas de renda, a elegância de seus palacetes, a cuidada reprodução da casa/consultório de Freud, enfim visu pra lá de caprichado!

Esperando o que?! Larga este sofá que nem jogo tem hoje e vá pro cinema ver se eu tenho ou não razão. Depois, choppinho no nosso bom Bar Lagoa, que ninguém é de ferro: Tudo de mara! BN

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EL BULLI: UM DOCUMENTÁRIO TRÊS ESTRELAS!

“A GASTRONOMIA EM PROGRESSO DE FERRAN ADRIÀ” é um documentário do alemão Gereon Wetzel que registra o processo criativo do grande e revolucionário chef catalão, durante a temporada de 2008/2009, mais uma pérola em cartaz no mara “Festival do Rio”!

Como uma espécie de voyeur gastronômico, o espectador acompanha o retiro técnico-espiritual anual de Adrià e cia, em Barcelona, quando o chef mais 4 sub-chefs hibernam por 6 meses à procura de novas texturas, sabores e essências para o cardápio inédito da temporada seguinte, atuando como verdadeiros Professores Pardais da culinária.

Vale a pena observar a obstinação e perseverança dos cozinheiros iluministas que, como monges medievais, buscam a perfeição na minúcia dos detalhes e inspiração na providência divina, porque só ela pra soprar um cardápio renovado, a cada ano.

Não sei se quem nunca esteve no estreladérrimo restaurante consegue sacar, diante da ausência de maiores explicações, a essência da gastronomia molecular que Ferran Adrià inventou, mas é impossível não perceber que estamos diante de um gênio!

Obs: O El Bulli foi fechado este ano e reabrirá em 2014, com uma fundação de desenvolvimento e pesquisa gastronômica integrada a ele. Os testes, aí realizados, serão divulgados, mundialmente, em tempo real! Luxo só! BN

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Adrià e sua equipe com a mão na massa!

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O Conto Chinês de los Hermanos!

Fui ver o despretensioso “Conto Chinês”e passei uma tarde super agradável.
Com aquele visual decadente acinzentado dos bons filmes “hermanos”, o de Sebastián Borensztein é, sobretudo, romântico!

“Un Cuento Chino”, seu nome original, é uma expressão argentina pra significar um grande delírio: O da primeira cena do filme, que parece saída de um quadro de Chagall, quando na China, uma vaca cai do céu matando uma noiva à beira do altar.

Em torno deste episódio absurdo e baseado num fato real, rola um enredo simples mas eficiente que entretém até o final, amparado pela deliciosa atuação do grande Ricardo Darín e do desconhecido Ignacio Huang que brilha à la Chaplin, dizendo tudo sem falar nada!

No mais, uma curiosidade que aprendi ao ler sobre “Conto Chinês”: O da modalidade “feel good movie”. São filmes de convencimento, tipo auto-ajuda, feitos para “ensinar a acabar com a descrença, colocando o espectador diante de gente que muda de vida pelo simples fato de optar por vive-la”. Será? Então eles existem desde que o mundo é mundo, quando nos deleitávamos com “Sessão da tarde” da Globo!  Não eram filmes pra fazer-nos sentirmos bem? Aí que saudades deles!
BN

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A Árvore da vida

 
Enfrentei, neste domingo, “A árvore da Vida” e, confesso, ela me venceu! Pelo menos por enquanto!
Meu primeiro percalço diante do filme, foi transposto depois de 10 minutos de iniciada a sessão, por conta de uma gigantesca e irrequieta cabeça à minha frente e o cinema lotado. Sei, por adivinhação, que teses preciosas para a trama foram propostas durante este período, já que só consegui ler o final de cada legenda, o que a torna ainda mais enigmática.
Resolvido o problema, pude me concentrar como gostaria e deveria diante da tela, porque o filme de Terrence Malick não aceita nenhum desvio de atenção e até o barulho dos sacos de pipoca, normalmente imperceptíveis, tornam-se irritantes. E aí, diante de mim, surgiram dois filmes: Um que amei, rústico e lúdico, violento e terno,” natureza x graça”! Quanta coisa linda foi dita neste plano narrativo, o da história de uma família do interior do Texas. E à medida que a trama evolui, entendemos que de alguma maneira, aqueles ali somos todos nós, resumidos no arquétipo “O’Briens”. Tá, falei a palavra proibida no vocabulário de Malick: Compreender! Mas é tão dificel, depois de Decartes, não se cometer este pecado!
Já o segundo filme é visual, literalmente. Imagens lindas e viscerais entremeiam o plano narrativo que descrevi acima. E aí foi que eu dancei! Ok, aquele fogo todo era o Big Bang, li nas resenhas, porque “Árvore” só com bula. Daí vem a evolução da vida, os micro organismos mutantes, a vida saindo da água e conquistando a terra, dinossauros, etc, etc! E os O’Brien, são os últimos desta cadeia alimentar? Onde ou quando as duas tramas se encontram?
Ta, já ouvi! É pra eu sentir!!!! Vou tentar no próximo fim de semana, quando pretendo revê-lo para treinar meus neurônios ou realizar que eles não passam de Tico e Teco.
Só mais um detalhe: Palmas de Ouro pra Brad Pitt, que como Leonardo di Caprio, deixou pra traz a imagem de “louro burro” e está fazendo uma carreira corajosa, aceitando papéis polêmicos e dando sua linda carinha à tapa! Ele, a linda Jessica Chastain e o menino Mac Cracker estão divines! Curti!
BN
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