Teatro

WARHORSE: UMA PEÇA MÁGICA EM LONDRES!

 

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Me preparando para o espetáculo!

 

Na minha viagem para Londres, mês passado, estávamos com a agenda praticamente lotada, por conta dos inúmeros concertos. Por isso, decidimos deixar o maravilhoso teatro local para a próxima, não fosse a veemência da querida MP, me aconselhando a peça “WarHorse”… Como sempre acato seus preciosos conselhos, fomos destinadas a ver um espetáculo que encheu nossos olhos pela beleza e criatividade de sua encenação e é, absolutamente, imperdível!

 

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Cartaz da peça londrina!

 

Baseada no livro infantil homônimo, de Michael Morpungo, que virou um belo filme sob a direção do mago, Steven Spilberg, especialista em obras que encantam tanto os adolescentes como também seus pais, WarHorse conta uma história simples, em versão saga, do amor incondicional do menino Albert Narracott por seu cavalo Joey.

 

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Cartaz do ótimo filme de Spilberg!

 

Passada em Devon, Inglaterra, durante a Primeira Guerra Mundial, a trama fala sobre amizade, injustiça, saudades e, logicamente, guerra. Até aí tudo ok… O que destoa, e faz a diferença, é a montagem genial, com uma cenografia que proporciona uma intimidade e identificação única, do espectador com os personagens.

Apoiada num palco quase circular, lembrando uma arena, platéia em volta e corredores cortando-a, para ligar o fundo do teatro ao proscênio, me senti integrante da encenação, tal a proximidade que estas vias proporcionam a todos os que estão no recinto.

 

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O cenário minimalista é cortado por este telão ao fundo do palco, onde filmes projetados situam o espectador, no tempo e espaço!

 

Cenário minimalista, em tons de cinza, montado e recolocado pelos próprios atores, a primeira surpresa já é bárbara: um telão, lindamente recortado, que rasga o fundo do palco de fora a fora, e onde é projetado desenhos a lápis lindos e cenas autênticas de batalhas, para nos localizarmos no tempo e no espaço.

 

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Os atores usam roupas réplicas das da época da encenação: show!

 

Toda a simplicidade é para reforçar a importância da figura dos cavalos Joey e Topthorn, cujo desenho é impactante e o controle absolutamente fantástico. Concebidos como marionetes ( o que lhes dá um perfeito aspecto lúdico e vintage) e tamanho real de um cavalo, estes “bonecos” são manipulados por atores que simulam seus movimentos e imitam seus sons, num ballet perfeito e mágico. São três atores para cada cavalo, dois para mexer o corpo e um somente para cara, que com perfeição técnica consegue dar quase vida a um puppet feito estrutura de aço, cabos de avião, tecido e couro.

 

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Dois atores sustentam o corpo de cada cavalo e um terceiro se ocupa da face do animal: um ballet cênico que jamais vi igual!

 

O melhor de tudo é que, em nenhum momento, os atores que dão vida aos bichos são disfarçados. Pelo contrário, suas figuras e atuação estão no centro do espetáculo, para dar-nos a dimensão exata de suas importâncias. A simbiose é tão perfeita que, no decorrer da peça, esquecemos das partes e olhamos para aqueles bichos/ homens como uma unidade.
Pra terminar: o teatro vem abaixo quando uns marrecos cruzam o palco, de quando em vez, seguindo este mesmo sistema simbiótico e derrubando nossos queixos, diante de tanta perfeição!

 

Na hora da cavalgada de com é difícil segurar a emoção!
Na hora da cavalgada de Albert e Joey,  é difícil segurar a emoção!

 

Quem for viajar, nas próximas férias, para Londres ou NYC, aproveite para ver “WarHorse”, vale muito o seu ingresso! E leve a filharada, todos vão adorar… BN

 

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PASSEANDO PELO PAÍS DAS MARAVILHAS…

 

Lily e Isabel: anfitriã impecável e “hóspede” encantada pela noite “in wonderland”! BN

 

Hoje quem assume este teclado é minha filha, Isabel, pra nos contar as maravilhas do reino de Alice e seu país… Sigam com ela! BN

 

Inspiração forever!

 

ISABEL:
“Dedico este post a uma amiga muito querida…

Nos conhecemos desde pequenas, ela é uma das memórias que tenho da minha infância carioca… Como cada uma morava num canto, acabamos perdendo o contato… Mas por sorte do destino, tivemos a grande chance de nos reencontrarmos esse ano… E mal sabia eu que este seria um dia tão incrível!
Lily, muito obrigada pelo convite, words can’t express…

 

Alice’s Adventures in Wonderland 

Amo um bom filme da Disney… Nada mais mágico do que ficar viajando por ali e fingir que tudo aquilo existe… Afinal de contas, quem não gostaria de um lindo tapete voador para dar uma voltinha, de vez enquando, ao lado do seu “true love”… Ou de uma fada madrinha aparecendo, na hora certa, para um “extreme make over” e te levar, linda-maravilhosa, para conhecer o príncipe dos seus sonhos…. Ou quem sabe até fugir, para Neverland, sem ter que preocupar-se com o medo de avião, porque com um simples pó mágico você vai voando para lá, é claaaro!

São vários “happy endings”, príncipes, princesas, fadas… Mas de todas estas lindas histórias, tem uma particularmente especial… Nela, tudo não passa de um sonho, por isso é a única que, de fato, pode acontecer…

Em 1951, Walt Disney estréia “Alice in Wonderland”, baseada na obra do inglês Lewis Caroll… O enredo, como sabemos, retrata o sonho de Alice e transporta o leitor/espectador para um mundo sem nexo, aonde a imaginação tem todo o espaço e liberdade… Os personagens são muitos, a história fantástica e os cenários inovadores… Tudo que o Royal Ballet precisava para montar um grande espetáculo! E foi para vê-lo, no Royal Opera House, que a Lily nos convidou.

 

 

Cada detalhe, extremamente criativo, me dava arrepio… Seja a coreografia do fera Christopher Wheeldon, o cenário de Nicholas Wright, o figurino de Bob Crowley ou a música de Joby Talbot… Tudo era perfeito e, confesso, me emocionei em alguns momentos… O primeiro deles foi quando as bailarinas “Flores”, do mundo de Alice, entraram pela platéia, enquanto pétalas caiam do teto do teatro!

 

 

Me perguntava como eles iriam representar algumas cenas, tipo a parte em que Alice espicha ou quando ela diminui! E a cada mistério revelado, eu ficava boquiaberta… Um telão foi a chave para as cenas complicadas, tudo muito bem pensado, simplesmente genial!

 

 

O ballet conta com três atos que passam voaaaando! Durante a apresentação, risos e aplausos tomavam conta da sala ocupada por pessoas de qualquer idade! Sucesso total!

 

 

De vermelho da cabeça à sapatilha, a Rainha de Copas ganhou o público com a sua atuação cômica e sua presença de palco! 

 

 

Para o chapeleiro maluco, a dança escolhida foi o sapateado… Tudo a ver! 

 

 

O Gato chega majestoso e em grande estilo, todo fragmentado em listras, carregadas por bailarinos!

 

 

Um toque indiano: quando o lagarto entra em cena, do figurino a música, o are baba impera… Visual! 

 

E voltando ao começo, quando eu disse que gostava de acreditar em histórias da Disney, aonde o “impossível” acontece… Bingo!

Somos levadas, pela nossa querida Lily, para aplaudir os bailarinos no “backstage”,  com direito a um tour pelo encantador cenário de Alice!

 

 

Maria provando o chá da Rainha… No caso a de copas! BN

 

O bule mais famoso da face da terra…BN

 

 

 

 

Lily, Mary e eu com o adorável Richard !

 

Pensando bem, será que tudo não passou de um sonho?!” ISABEL

 

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UMA PEÇA UNDER THE RAINBOW!

Judy Garland inspira musical!

“There is no place like home”, lamenta-se a pequena Dorothy enquanto procura seu caminho de volta para casa, no clássico dos clássicos “O mágico de Oz”. Como um herói grego em rito de purificação, Judy Garland imortalizou a personagem e a si própria e inspirou uma linda peça, com texto do inglês Peter Quilter e adaptação da super hiper dupla dos musicais brasileiros, Claudio Botelho e Charles Möeller.

O enredo de “O Fim do Arco-Iris” conta a história dos últimos anos da cultuada atriz, e que podia ser a vida de tantas outras celebs de Hollywood e adjacências, com seus tropeços no trio de sempre: S…, d… & rock n roll. Por isso o forte do espetáculo é mesmo o maravilhoso repertório de Judy e dois atores fantásticos: O veterano Gracindo Júnior (que saudades eu estava desta família de craques), MA-RA no papel de Anthony o anjo-da-guarda e melhor amigo da protagonista, com uma atuação delicada, sutil e, sobretudo, madura! Arrancou uma ovação da platéia, que o aplaudiu de pé!

E a apresentação, pelo menos para mim, da esplendorosa cantora dublê de atriz Claudia Netto, que foi nos conquistando fala a fala, música a música, trejeito a trejeito à la Mrs Garland: Quando, no final, interpreta a esperadíssima “Over the rainbow”, sentada num palco escuro só um feixe de luz sobre seu rosto, não houve quem não se emocionasse! Mérito também da nossa dupla predileta, que a cada espetáculo nos presenteia com uma descoberta melhor que a outra!

No mais, a peça está no Teatro do Fashion Mall e além do que contei acima traz, de brinde, canções timeless como How Insensitive de Jobim, From This Moment de Cole Porter, Smile de Chaplin, etc, etc, etc, que vão fazer você sair do teatro em estado de graça! BN

CLIQUE AQUI PARA ENTRAR NO CLIMA!

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