Com a maior alegria o Blog recebe, mais uma vez, a honrosa visita da queridíssima Vanda Klabin. Sempre com um relato incrível do que acontece de importante nas artes plásticas, mundo afora, agora ela nos conta sobre a linda exposição das jóias das escravas do Brasil, “PERLE DE LIBERTÉ- BIJOUX AFRO-BRÉSILIENS”, que acontece em meio à “Europalia, Brasil/Bruxelas”, na Bélgica.
A expô foi montada numa antiga fábrica de carvão, que virou galeria de arte, em Grand-Hornu e da ambientação ao exposto, tudo é show! Passemos, então, a palavra a quem a merece! BN
” Essa exposição, que faz parte da Europália-Brasil, o maior festival de cultura da Bélgica, que esse ano tem a cultura brasileira como tema, reúne, pela primeira vez, um grande acervo histórico de jóias e ornamentos usados por escravas brasileiras que conquistaram a liberdade, nos séculos XVIII e XIX, no Brasil.
A emergência dessa joalheria, com características tão singulares, derivada do tráfico negreiro e da escravidão no Brasil, são consideradas pelos historiadores, uma invenção brasileira. Essa ourivesaria colonial vai se apropriar das referências africanas e européias, sendo fabricadas por ourives e artesãos anônimos, de origem africana.
Essas jóias-amuletos são indicadoras de uma mobilidade social ou econômica, sendo as pencas ou balangandãs, significativas de preceitos religiososos, fertilidade, sexualidade, devoção ou proteção contra maus olhados.
Essas jóias eram o símbolo de riqueza, poder e de distinção social , as verdadeiras pérolas da cultura brasileira“, diz Roberto Conduru, curador da mostra. O essencial era explorar o material, de forma a ser visualmente importantee as técnicas como filigrana e a ciselure são praticadas pelos artesãos para explorar, ao máximo, a luminosidade do metal e gera imagens de grande opulência.
Acompanha a exposição a coleção de colares de pérolas dos processos de iniciação, concebidos por Jorge Rodrigues e Júnior de Odé, seguido de um conjunto de fotografias de Pierre Verger, Marc Ferrez, Marcel Gautherot, José Medeiros, Adenor Gondim, Francisco Moreira da Costa e Ayrson Heráclito, que testemunham as jóias incorporadas ao vestuário e a presença negra na arte brasileira.
O local que abriga a mostra, uma antiga fábrica de carvão de estilo neoclássico, erguida entre 1810/1830 quase na fronteira da França, é de uma beleza inigualável e desde os anos oitenta ,faz parte do patrimônio histórico mundial e realiza importantes exposições temporárias internacionais.” Vanda Klabin!
FAÇAMOS AGORA UM TOUR FOTOGRÁFICO PELA EXPOSIÇÃO:
A AMBIENTAÇÃO DA EXPOSIÇÃO:
VEJAM OS LINDOS DISPLAYS / VITRINES:
By the way, as largas que vemos abaixo são as famosas “escravas”…
OS VARIADOS COLARES, CUJOS MATERIAIS E DESIGN SÃO MEGA ATUAIS, VEJAM:
DIVERSOS ENFEITES COMO BRINCOS, PENCAS, FIGAS, PENDURICALHOS, ETC:
CURTAM AS FOTOS DE ALGUMAS DAS BIJOUXS MOSTRADAS ACIMA, USADAS POR SEUS PROPRIETÁRIOS:
VANDA MANGIA KLABIN
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