O NAPA VALLEY NÃO “VALEI” QUANTO PESA!

 

Bebel Niemeyer no Robert Mondavi Winery.

Amo os Estados Unidos pela sua eficiência, espírito empreendedor e sua falta de pudor pra ser feliz …ou ao menos tentar! Sempre fiz viagens maravilhosas para o país do Tio Sam, aprendi horrores por lá e me diverti muito! Mas cofesso que me decepcionei com  o vale dos vinhos, uma espécie de parque temático, a Disney de Baco!

Passei dois dias visitando o vale californiano, em novembro passado, depois de uma semana em São Francisco e arredores, terra cheia de personalidade e um astral vintage único: Talvez o contraste tenha pesado ainda mais no meu julgamento!

Existe uma avenida principal que vai e vem e abriga todo o trânsito da região. Ela é cheia de vitalidade e destituída de charme, sem nenhuma estradinha vicinal pra gente se perder, nenhum recanto lindo de estatelar, fiquei em estado de alerta. À medida que o carro andava, mais a artificialidade do lugar impressionava: Tudo previsível e/ou revelado, nenhum  hotelzinho aconchegante ou restaurante familiar encantador , nada de raízes, de tempo passando ou improvisação. Por lá, a escala é industrial e “time is money”!

Os vinhedos são um parágrafo à parte: A grande contribuição de Napa à vinicultura é a ode ao mediano, em detrimento à excelência. A meta é a produção em série ou a massificação do venerado néctar, sem terroire nem cerimônia: Ok, Opus One é um bom vinho, punto e basta …Como me lembrei e louvei Jonathan Nossiter e seu Mondovino! (Se estou sendo injusta e existe um Napa secreto, porque alguns amigos que preso amaram, mil perdões, mas eu não o conheci.)

Enfim, como nunca tudo está perdido, descobrimos um lindo e afastado vinhedo que possui um museu de arte moderna e contemporânea de se tirar o chapéu! Decididamente, não perdemos a viagem por conta dele: É a Hess Collection Winery, que mostrarei num post adiante! BN

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